Falta de remédios do kit intubação atinge 1,4 mil municípios
Informação é da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Segundo o estudo, 625 cidades também estão sem oxigênio medicinal
atualizado
Compartilhar notícia
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta desabastecimento de medicamentos do chamado kit intubação – para tratamento hospitalar de pacientes graves com Covid-19 – em, pelo menos, 1,4 mil municípios. De acordo com o estudo, 625 cidades também sofrem com falta de oxigênio medicinal.
O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (1°/4). Para a realização do estudo, foram procurados 2.533 prefeitos de municípios – quantidade que corresponde a 46% do total brasileiro.
Os prefeitos também foram questionados sobre a distribuição de vacinas. Dentre eles, 98% disseram ter recebido doses do imunizante contra Covid-19 nesta semana. As remessas ocorreram duas vezes para 68,4% dos municípios, e 24,4% receberam apenas uma.
Lockdown
A pesquisa também traz dados sobre a adoção de medidas de segurança para conter o avanço da doença. Os resultados indicam que 37,1% dos municípios adotam o lockdown. Ou seja, 61,9% afirmaram não ter tomado essa atitude nesta semana.
O toque de recolher foi outra pauta da pesquisa. Do total de entrevistados, 82,2% confirmaram fazer uso da medida e 17,5% declararam não adotá-la.
A pesquisa também mostra que 88% dos municípios estão adotando restrições das atividades aos finais de semana. Já a antecipação de feriados nesta semana foi seguida por 15,3% dos pesquisados. Quase 90% das localidades não estão aderindo às aulas presenciais.
Alerta
Recentemente, o Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac), criado no âmbito do Ministério Público Federal (MPF), alertou o governo federal para a possibilidade de desabastecimento dos insumos.
Os ofícios foram enviados ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pedem a adoção de providências urgentes para essas localidades.
O Giac já havia enviado à pasta alertas similares requerendo medidas para evitar o colapso iminente do sistema de saúde por falta de oxigênio em Rondônia, Mato Grosso, no Acre e no Amapá .