Estudo aponta que Coronavac é segura e mostra resposta imune
A pesquisa publicada pela revista científica The Lancet mostra resultados da fase 1 e 2 dos testes com o imunizante
atualizado
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Um estudo publicado pela revista científica The Lancet, nessa terça-feira (17/11), indica que os 743 pacientes voluntários em testes no Brasil estão respondendo positivamente à Coronavac, contra a Covid-19. Produzida pela chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, a vacina mostrou segurança e resposta imune satisfatória durante as fases 1 e 2 dos estudos.
Os voluntários foram escolhidos aleatoriamente para receber duas doses da vacina (uma dose baixa de 3 microgramas, uma dose alta de 6 microgramas ou placebo). Segundo a pesquisa, os participantes — adultos saudáveis de 18 a 59 anos —, depois de receber a primeira dose, mostravam respostas de anticorpos em até 28 dias.
Acerca das fases do estudo, a primeira fase é feita em dezenas de pessoas. A segundo fase é feita em centenas de voluntários e verifica a segurança e a capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa. Já a terceira é feita em milhares de pessoas e avalia, de fato, a eficácia da vacina.
O professor Fengcai Zhu, autor principal do estudo, fala sobre o progresso obtido no estudo,“Nossas descobertas mostram que a Coronavac é capaz de induzir uma resposta rápida de anticorpos dentro de quatro semanas de imunização, dando duas doses de vacina em um intervalo de 14 dias.”
Conclusões
Do grupo que recebeu a Coronavac, 97% tiveram a produção de resposta imune. O grupo foi dividido entre os que receberam a dose mais alta e a mais baixa.
Os pesquisadores não avaliaram o comportamento das células T (ou linfócitos T), que fazem parte do sistema imunológico e são capazes de identificar e destruir células infectadas. As fases 1 e 2 focaram apenas na quantidade de anticorpos.
De acordo com a pesquisa, a taxa de anticorpos neutralizantes encontrada no sangue dos voluntários esteve abaixo (entre 2,5 e até 6 vezes) do que é verificado em pacientes que já foram infectados pela Covid-19.