Em nota técnica, Ministério da Saúde não recomenda 4ª dose de vacina
Ministério alegou falta de dados sobre impacto da 3ª dose para justificar a recomendação
atualizado
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O Ministério da Saúde emitiu, nesta sexta-feira (11/2), uma nota informativa na qual não recomenda aplicação de uma eventual quarta dose de vacina contra a Covid-19 para a população geral, incluindo indivíduos com mais de 60 anos.
Segundo a pasta, apesar de ser imprescindível evoluir na cobertura vacinal, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização considera a “necessidade de dados mais robustos sobre a efetividade das vacinas após a dose de reforço”. Só assim, será possível identificar o impacto de uma nova dose.
O ministério defendeu que realiza monitoramento frequente de dados, mas que o Plano Nacional de Operalização (PNO) é “dinâmico, evolutivo e adaptável à evolução do conhecimento científico”.
“Assim, o Ministério da Saúde, com base nos dados existentes neste momento, não recomenda a quarta dose de vacinas ou segunda dose de reforço contra a covid-19 para população geral, incluindo indivíduos a partir de 60 anos de idade, com exceção dos imunocomprometidos”, enfatizou a pasta.
Leia a íntegra da nota:
Nota Informativa – Ministério da Saúde by Metropoles on Scribd
Estados avaliam 4ª dose
Apesar da nota técnica da Saúde, seis estados já incluíram a aplicação de uma eventual nova dose de reforço no plano de imunização local.
Mato Grosso do Sul largou na dianteira e já disponibiliza a quarta dose de proteção para pessoas a partir de 60 anos. Foi a primeira unidade da Federação a adotar a medida.
Nesta sexta-feira (11/2), São Paulo anunciou que adotará a medida a partir de abril para pessoas com 60 anos ou mais. Lá, o governador João Doria (PSDB) defende a disponibilização da nova dose para toda a população.
O Rio de Janeiro também já definiu que irá oferecer a quarta dose para os cariocas. A previsão é que a imunização comece ainda em 2022, mas será aplicada somente um ano após a terceira dose.
Os governos do Ceará, Acre, Rio Grande do Norte e Espírito Santo planejam a aplicação e admitem que estão estudando a forma que isso pode ocorrer.