metropoles.com

DPU envia recomendações à Saúde para combater crise de medicamentos

Ministério da Saúde admitiu problemas de abastecimento de remédios; CNS aponta que 80,4% das prefeituras estão sem insumos básicos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Myke Sena/Esp. Metrópoles
Remédios jogados em superfície azul - Metrópoles
1 de 1 Remédios jogados em superfície azul - Metrópoles - Foto: Myke Sena/Esp. Metrópoles

A Defensoria Pública da União (DPU) enviou ao Ministério da Saúde documento com recomendações para que se adote medidas urgentes visando combater a crise de abastecimento de medicamentos que atinge boa parte do sistema de saúde brasileiro.

A Confederação Nacional de Municípios atesta que 80,4% das prefeituras estão sem remédios para atender a população que depende de medicamentos fornecidos pelo governo. Desde março, farmácias e unidades básicas de saúde do país estão lidando com a falta de dipirona, antibióticos, soro e diuréticos. 

No documento com teor de urgência enviado esta semana, a DPU recomenda à pasta que consolide informações sobre os medicamentos em risco ou situação atual de desabastecimento em todas as regiões do território nacional, bem como liste os motivos que justifiquem o quadro.

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Saúde (CNS), ao qual o Metrópoles teve acesso, a falta de diversos medicamentos e insumos atinge mais de 100 instituições de saúde em 13 estados e no Distrito Federal.

Em quase 90% dos locais pesquisados, faltava soro. A ausência de dipirona injetável, muito usada para combater dor e febre, foi constatada em pelo menos 63% das instituições pesquisadas.

A defensoria também solicita a realização de levantamento da capacidade produtiva farmoquímica, farmacêutica e biotecnológica nacional; além de indicação dos mecanismos a serem imediatamente adotados para o saneamento de cada caso.

Por fim, pede que sejam atendidas as orientações do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), enviadas em ofício junto à Frente Nacional de Prefeitos (FNP) cobrando ações efetivas. A situação já foi reiterada pelo Conasems em pelo menos quatro documentos enviados à pasta desde o mês de março.

“O desabastecimento nas redes pública e privada já alcança diferentes estados brasileiros. Há falta de antibióticos, antitérmicos, xaropes e antigripais, dentre outros essenciais o que representa um grave risco para a saúde da população”, diz o último documento, enviado em maio. 

Em nota, a DPU lembra que a Política Nacional de Medicamentos contempla diversas previsões no sentido de que o Ministério da Saúde não apenas promova a regulação dos preços dos medicamentos, como estimule a fabricação nacional de remédios essenciais, bem como de matérias-primas e insumos necessários à sua produção, em face do interesse estratégico para a população brasileira.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?