Diretor da Saúde lamenta “inércia do CFM” sobre médicos antivacina
Equipe do ministério enviou questionamento ao CFM sobre medidas adotadas pelo conselho para coibir atuação de médicos antivacina
atualizado
Compartilhar notícia
O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Éder Gatti, ressaltou nesta quinta-feira (20/4) que “lamenta muito a inércia do [Conselho Federal de Medicina] CFM” diante da atuação de médicos contrários à vacinação. No fim de março, a pasta enviou questionamentos ao conselho sobre medidas adotadas para repreender profissionais que divulgam informações falsas sobre os imunizantes.
A fala foi feita durante coletiva de imprensa na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília (DF). Gatti lembrou que, durante a pandemia, alguns médicos se pronunciaram ativamente contra as vacinas e até mesmo ganham dinheiro vendendo “reversão” ou “detox vacinal”.
“Cobramos o conselho diante disso e esperamos ter diálogo para que conselho exerça sua função. Lembramos que o CFM é uma autarquia pública, com o objetivo principal de fiscalizar e garantir o exercício adequado da profissão. Esperamos que o CFM faça isso”, destacou.
No documento encaminhado ao CFM, o secretário-substituto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mauro Niskier Sanchez, afirma que a desinformação sobre o processo de imunização da população por parte de trabalhadores da área da saúde traz prejuízos.
“Em nome dos médicos brasileiros, o CFM reitera o compromisso dessa categoria com o apoio às políticas públicas de imunização, as quais devem ser estimuladas para evitar a queda nos indicadores de cobertura vacinal cujo principal efeito deletério é a possibilidade de retorno de doenças como poliomielite, sarampo, rubéola, entre outras”, respondeu o CFM em nota enviada à Secretária.