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Dengue: casos prováveis tiveram aumento de 30% em um ano

Ministério da Saúde lança, nesta quinta-feira (4/5), Campanha Nacional para Controle da Dengue, Zika e Chikungunya

atualizado

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Mosquito Aedes aegypti
1 de 1 Mosquito Aedes aegypti - Foto: Getty imagens

Até o fim de abril, o Ministério da Saúde contabilizou 899,5 mil casos prováveis de dengue. O número é 30% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

No caso da chikungunya, o aumento no número de casos é de 40%. São 86.901 casos prováveis nos quatro primeiros meses do ano. Já o crescimento dos casos de zika é ainda maior: são 6.295 casos prováveis, 289% a mais que no mesmo período em 2021.

A pasta lança, nesta quinta-feira (4/5), a Campanha Nacional para Controle da Dengue, Zika e Chikungunya. As chamadas arboviroses são as doenças disseminadas por artrópodes, como mosquitos. No Brasil, as mais frequentes são as três transmitidas pelo Aedes aegypti.

Os estados com maior coeficiente de incidência de dengue, ou seja, o número de novos casos notificados a cada 100 mil habitantes, são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

Até o momento, foram registradas 333 mortes por dengue. “Estes óbitos muitas vezes são por dificuldades no manejo clínico dos casos, uma demora no atendimento ou um atendimento que não foi feito do jeito que deveria ser”, cita a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.

A secretária ressalta que, em um primeiro momento, o foco do trabalho foi reduzir os óbitos por arboviroses. “Conseguimos bastante, porque já tivemos mais de 900 mil casos das três doenças. Os óbitos não foram tantos, mas são óbitos que nos preocupam e que não deveriam acontecer”, afirma.

O ministério criou, em março, um Centro de Operações de Emergências (COE) para Arboviroses. Até o momento, oito estados já receberam visitas de campo das equipes técnicas do COE: Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Bahia.

De acordo com a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Alda Cruz, entre os fatores determinantes para o aumento dos casos estão a variabilidade climática, a mobilidade de pessoas e fatores demográficos, sociais e econômicos. Locais com menor segurança hídrica, que enfrentam secas ou abastecimento irregular de água, também estão mais vulneráveis ao aumento de criadouros do mosquito.

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