Covid-19: Saúde autoriza contratação emergencial de 108 médicos para Manaus
Profissionais atuarão na atenção primária, o que corresponde à maior parte do atendimento para casos leves de síndrome gripal e coronavírus
atualizado
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O governo federal autorizou a contratação de 108 médicos para atuarem diretamente no atendimento à população do Amazonas, que sofre uma crise de escassez em oxigênio para pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. A contratação emergencial será por meio do programa Mais Médicos, lançado nesta terça-feira (19/1) especificamente para a capital amazonense.
Os profissionais atuarão nos serviços de atenção primária, que corresponde à maior parte do atendimento para casos leves de síndrome gripal e Covid-19.
O total de profissionais que poderão ser contratados pelo edital diz respeito às 36 vagas remanescentes no município e mais uma ampliação para contratar 72 médicos. Em Manaus, já estão em atuação pelo programa 64 profissionais. Uma portaria publicada nesta terça prorrogou a permanência das vagas para Manaus, por mais um ano, de forma emergencial.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, visitou estabelecimentos da rede de saúde local para verificar as principais necessidades dos serviços. “O Ministério da Saúde vai fazer o que estiver ao alcance visando reforçar e ampliar os atendimentos nos postos de saúde. Isso é fundamental para conter a transmissibilidade do coronavírus e assim diminuir o agravamento dos casos”, ressaltou o secretário.
Os profissionais médicos que desejarem reforçar o atendimento em Manaus devem se inscrever ainda nesta terça-feira no site do Mais Médicos.
Crise em Manaus
A crise causada pela pandemia do novo coronavírus na capital do Amazonas tem se agravado dia após dia, sobretudo com a falta de oxigênio para pacientes internados pela doença. A demanda pelo insumo em estabelecimentos públicos de saúde do Amazonas superou, na última terça-feira (12/1), a média diária de consumo em mais de 11 vezes.
Profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia, em Manaus (AM), contam que a velocidade e a gravidade com que a doença evolui têm chamado a atenção.
Dados mais recentes do Portal da Transparência dos cartórios registraram 710 óbitos no estado (número que pode aumentar), entre os quais 285 foram de pessoas com menos de 60 anos, ou 40,1% do total. Antes, o percentual era de 36,5%.