Coronavírus: portos e aeroportos estão preparados, diz Mourão
Até o momento, 82 mortes foram confirmadas em decorrência da doença no mundo. Número de infectados chega a 2.744
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse, no início da noite desta segunda-feira (27/01/2020), que portos e aeroportos brasileiros estão preparados para receber possíveis casos de coronavírus. “Desde o dia 22 de janeiro foi acionado protocolo em relação a esse tipo de vírus, então os portos e aeroportos estão vigiados”, declarou.
A declaração foi feita a jornalistas que o esperavam na saída do gabinete da Vice-presidência, nos anexos do Palácio do Planalto. Mourão está no exercício da Presidência com a ida de Jair Bolsonaro à Índia. A chegada de Bolsonaro a Brasília está prevista para a manhã desta terça-feira (28/01/2020).
Mourão disse, também, que o Ministério da Saúde possui centro de monitoramento. Segundo ele, “hospitais de referência” estão preparados para receber pessoas infectadas pelo vírus.
O vice-presidente falou que existe a possibilidade de o coronavírus chegar ao Brasil. “Existe uma possibilidade. Vários países já receberam pessoas infectadas pelo vírus”, disse.
O vírus
Coronavírus é uma família conhecida, desde os anos 1960, de vírus que causam doenças respiratórias – de gripe comum à Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers). O nome faz referência à forma do vírus, que é redondo e parece ser cercado por uma coroa.
De acordo com as informações mais recentes do governo da China, 82 pessoas já morreram vítimas da doença no país. Casos confirmados aumentaram para 2.744.
Até o momento, 12 países registraram infecções por coronavírus. Além da China, países como Estados Unidos, Canadá, França, Arábia Saudita, Austrália, Nepal e outros da Ásia também registraram casos. Até o momento, são quatro os continentes afetados pela infecção.
Anvisa
Nesta segunda, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, durante coletiva de imprensa, que ainda não há necessidade de triagem compulsória em aviões ou navios como medida preventiva a fim de evitar a entrada do coronavírus no Brasil.
Segundo o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, por enquanto, a triagem só é feita se houver algum caso suspeito. Ele ressaltou que a notificação dos sintomas é compulsória e quem não fizer pode ser punido.
“É compulsório, ele tem que fazer. Então, nos casos em que essa notificação for feita, a equipe terá acesso àquele veículo. Ela vai efetuar aquela triagem inicial e verificar se há subsídios mínimos que justifiquem demais medidas. Não se trata de algo que fica na escolha do comandante do navio. Ele é compelido por força dos diplomas legais que regem a profissão dele a fazer essa notificação”, afirmou.