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Coronavírus: por desamparados, voluntários rompem isolamento

Entidades se adaptam para atender grupos como os sem teto. Na internet, pesquisadora cria ferramenta de “adoção” de idosos pelo WhatsApp

atualizado

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A orientação das autoridades é aderir ao isolamento para evitar a propagação do novo coronavírus, mas, por todo o Brasil, voluntários e entidades estão dando pequenos dribles na medida para ajudar as pessoas que mesmo sem a infecção estão entre as mais afetadas pela pandemia.

É o caso de moradores de rua, que estão vendo suas opções de abrigo, renda e alimentação minguarem com o sumiço das pessoas e o fechamento do comércio.

Em grandes cidades, como São Paulo, entidades que atendem essa população estão fazendo adaptações para não deixá-los ainda mais desamparados. Referência no socorro a moradores de rua, o padre Júlio Lancelotti, da paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, Zona Leste da capital paulista, colocou itens como álcool em gel na lista de atendimentos. E manteve a tradicional distribuição de comida e agasalhos.

Ele tem divulgado nas redes sociais diversas ações em prol da prevenção do coronavírus, a exemplo da palestra de uma médica voluntária sobre as opções para as pessoas sem acesso constante à água limpa e sabão fazerem a higiene constante.

 

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A médica voluntária dando orientações

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Como São Paulo tem estimado 24 mil moradores de rua, somente a iniciativa da igreja não é capaz de atender a todos. Por isso, o padre organiza um abaixo-assinado on-line para exigir a distribuição de itens de higiene pela prefeitura.

A organização Centro de Convivência É de Lei, que atua com redução de danos em casos de abuso de drogas, também na capital paulista, suspendeu atividades coletivas até pelo menos o dia 4 de abril, mas está oferecendo informação e álcool gel em pontos frequentados por essas populações.

Entre as orientações para evitar a infecção pelo coronavírus, está a de não compartilhar itens como cachimbos.

A entidade pede a doação de sabonetes, lenços de papel e álcool gel para continuar o trabalho.

Foco nos idosos
Outra recomendação do Ministério da Saúde para frear a epidemia é evitar muito contato com pessoas idosas, que formam o principal grupo de risco para complicações da Covid-19. Um efeito colateral da medida, porém, é o isolamento social dessa população vulnerável.

O Metrópoles mostrou a iniciativa de jovens brasilienses que começaram a colocar cartazes em elevadores e outras áreas públicas de condomínios se oferecendo para fazer compras para quem está mais suscetível ao vírus.

Há outra opção de união para ajudar a evitar o sentimento de solidão e abandono dos idosos, sobretudo aqueles que não têm famílias. A pesquisadora Marília Duque, que faz doutorado em envelhecimento e uso de smartphones, desenvolveu uma ferramenta pela qual é possível adotar uma pessoa para ter conversas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp neste momento de calamidade pública.

Simples mensagens de “Bom dia!” são suficientes, segundo a pesquisadora, que cadastrou idosos que moram sozinhos e agora está oferecendo a eles “anjos da guarda”.

Dá para se inscrever no site da ferramenta.

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