Coronavírus: Ministério da Defesa cancela missões internacionais
Para conter avanço da doença, Forças Armadas terão restrições em quartéis e bases militares. Servidores são dispensados
atualizado
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O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, determinou que todas as missões militares internacionais sejam suspensas até o fim da pandemia de Covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus.
Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o ministro aconselhou a reavaliação de todos os deslocamentos em âmbito nacional, em especial para as cidades com maior possibilidade de entrar em fase de transmissão comunitária.
O ministro determinou que os militares e servidores que retornarem de viagens internacionais, a serviço ou privadas, ainda que não apresentem sintomas, sejam submetidos ao regime de teletrabalho por sete dias.
Fernando Azevedo abriu brecha para a suspensão de férias dos profissionais de saúde das Forças Armadas e do Hospital das Forças Armadas para auxiliar no controle da emergência de saúde.
Os quartéis e bases militares terão de adotar medidas de triagem clínico-epidemiológica para o acesso aos locais, com o objetivo de reduzir a possibilidade de ingresso de pessoas com sintomas associados ao Covis-19.
Na rotina dos militares, o acesso aos refeitórios será feita de forma escalonada, conforme horários e medidas profiláticas estabelecidos pelas unidades.
“As reuniões e missões nacionais ficarão restritas ao mínimo indispensável e deverão, sempre que possível, ser substituídas pela realização de videoconferências”, destaca o ministro na portaria.
Além dessas medidas, Fernando Azevedo adotou para as Forças Militares medidas como teletrabalho, cancelamento de eventos e reuniões e a dispensa de servidores com mais de 60 anos e doentes crônicos, pertencentes ao chamado “grupo de risco”.
Nesta terça-feira (17/03), o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte por coronavírus no país. Segundo as autoridades sanitárias, o Brasil tem atualmente 290 casos confirmados de coronavírus, há ainda 8.819 pacientes suspeitos e 1.890 casos descartados para a infecção pelo novo vírus.