Conitec dá primeiro parecer favorável a remédio anti-Covid no SUS
Antes da incorporação definitiva do baricitinibe, comissão promove consulta pública. Órgão já negou três fármacos aprovados pela Anvisa
atualizado
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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec), ligada ao Ministério da Saúde, encaminhou nesta quarta-feira (10/3) um medicamento contra Covid-19 à consulta pública com parecer favorável. É a primeira vez que a comissão, responsável por incorporar medicamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS), dá sinal positivo para um remédio contra a doença.
Para a incorporação de fato, a Conitec precisa aguardar o fim do período de consulta pública e produzir um relatório final. Depois disso, cabe à secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), Sandra de Castro Barros, decidir se inclui ou não o baricitinibe no sistema público de saúde brasileiro.
Até o momento, o grupo havia reprovado quatro solicitações de três fármacos contra a Covid já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O baricitinibe foi aprovado pela agência em setembro do ano passado. É sugerido para pacientes adultos, hospitalizados e que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.
Os três medicamentos contra a doença que tiveram a incorporação ao SUS negada pela Conitec foram 0 Remdesivir e as associações Casirivimabe/imdevimabe e Banlanivimabe/etesevimabe. No caso do Remdesivir, a comissão argumentou que o custo elevado e os estudos, ainda incipientes, tornavam a inclusão inviável.
Alternativas além da vacinação
A Anvisa também já aprovou outros três medicamentos que podem ser utilizados no tratamento: Evusheld (profilático produzido pela AstraZeneca para população imunocomprometida), Sotrovimabe e Regkirona ou Regdanvimabe (anticorpos monoclonais com uso restrito a hospitais para evitar casos graves).
Os antivirais Paxlovid e Molnupiravir estão em análise pela agência. O Ministério da Saúde avalia a possibilidade de comprar a pílula Paxlovid, fabricada pela Pfizer.
Fontes ligadas ao Ministério da Saúde informaram ao Metrópoles que a pasta estuda a possível compra do imunizante da farmacêutica. No entanto, ainda não há previsão de quando o país receberia doses do remédio nem do quantitativo de pílulas que poderiam ser enviadas ao Brasil.