metropoles.com

Comissão do Senado vai discutir liberação de substância para combater o câncer

Fosfoetanolamina é produzida pela Universidade de São Paulo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
câncer
1 de 1 câncer - Foto: Reprodução

A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado realizará audiência pública para discutir a liberação, em caráter especial, da fosfoetanolamina sintética produzida pela Universidade de São Paulo (USP) para o tratamento alternativo do câncer. Cápsulas da substância vinham sendo fornecidas pela USP de Rio Claro com base em decisões judiciais, mas o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo suspendeu as liminares.

Pelo menos 368 pacientes deixaram de receber o remédio. Na decisão, o presidente do TJ, José Roberto Nalini, alegou falta de comprovação da eficácia da substância contra o câncer. O medicamento não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em reunião na quinta-feira (1º/9), em Araraquara, pesquisadores e parlamentares formaram um grupo para levar a discussão a Brasília. O senador Ivo Cassol (PR-RO) pediu a designação de uma audiência pública na comissão do Senado. A audiência deve ser realizada ainda este mês e serão convidados representantes do Ministério da Saúde e da Anvisa.

Segundo ele, a legislação permite que a agência autorize a introdução no mercado de medicamentos com base no ‘uso compassivo’ para ajudar a tratar doentes que não têm outras opções, nem tempo para aguardar pelo final dos ensaios clínicos e pelo processo de autorização.

O deputado estadual Rodrigo Moraes (PSC) defendeu a revisão da medida do TJ que suspendeu a entrega do medicamento. Ele ouviu depoimentos de pacientes que teriam sido curados pelo uso da substância.

O pesquisador Gilberto Chierice, professor aposentado da USP que coordenou as pesquisas sobre o uso da fosfoetanolamina, disse que os ensaios clínicos não avançaram por falta de interesse dos laboratórios. “A discussão é saber até que ponto o governo federal está disposto a investir para disponibilizar a fosfoetanolamina para as pessoas que sofrem de câncer.”

Desenvolvida por pesquisadores da USP no início dos anos 90, a fosfoetanolamina sintética foi entregue gratuitamente até 2014, quando uma portaria do Instituto de Química da USP de São Carlos interrompeu a distribuição alegando falta de registro na Anvisa.

Os pacientes recorreram à justiça e vinham obtendo liminares para o fornecimento, até a decisão do TJ. A Anvisa informou que não houve pedido de pesquisa clínica para avaliação do uso da substância em pacientes humanos, fase anterior ao registro, e que o produto não tem validação como medicamento.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?