Casos de síndrome respiratória seguem em queda no Brasil, diz Fiocruz
Novo Boletim InfoGripe divulgado nesta quarta (24/8) indica que o país mantém tendência de controle das doenças na maioria dos estados
atualizado
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Novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quarta-feira (24/8) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país continuam baixos. A curva segue em um patamar similar ao de abril de 2022 – o mais baixo desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil.
O boletim ainda aponta tendência de queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de longo prazo (últimas seis semanas) e crescimento na de curto prazo (últimas três semanas).
O estudo é referente à semana epidemiológica de 14 a 20 de agosto, com base nos dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 22 de agosto.
Apesar do cenário positivo, o boletim destaca o aumento de casos na faixa etária de 0 a 11 anos, em especial no grupo de 5 a 11 anos, em diversos estados do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Estados
Das 27 unidades federativas, apenas Acre e Roraima apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana analisada.
Entre os estados e o Distrito Federal, três apresentam estabilidade (DF, Espírito Santo e Paraná). Os demais têm indícios de queda na tendência de longo prazo até o mesmo período.
Tipos de vírus respiratórios
Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando para o amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 2,1% para influenza A; 0,2% para influenza B; 5,6% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 74,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 0,5% para influenza A; 0,5% para influenza B,; 0,2% para VSR; e 96,3% para Sars-CoV-2.
Vírus respiratórios usuais
Apesar das doenças mais preocupantes estarem controladas, números preliminares mostram que, em alguns estados das regiões centro-oeste e sul, observa-se o predomínio de resultados positivos para rinovírus.
Caso se confirme, isso apontaria para a retomada de vírus respiratórios usuais em função do retorno às aulas após o período de férias escolares.
“Embora sejam vírus de menor preocupação em comparação ao Sars-CoV-2 (Covid-19), tal cenário reforça a importância de cuidados mínimos, como boa ventilação das salas de aula e respeito ao isolamento das crianças com sintomas de infecção respiratória para tratamento adequado e preservação da saúde da família escolar”, comentou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.