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Caso Rodrigo Mussi: saúde mental de acompanhante merece atenção

Acompanhantes de pacientes internados devem priorizar rede de apoio, diz psicóloga sobre casos como o de irmão de Rodrigo Mussi

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rodrigo mussi e diogo mussi em pé e abraçados de lado
1 de 1 rodrigo mussi e diogo mussi em pé e abraçados de lado - Foto: Reprodução

Desde a hospitalização do ex-BBB Rodrigo Mussi, depois de um acidente de carro, o irmão do influenciador, Diogo Mussi, tomou a frente da situação e passou a ser o porta-voz da família. Mas, como fica a saúde mental de um parente em situações como essa?

Diogo mostrou-se firme, apesar do sofrimento vivido por quase um mês de internação de Rodrigo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Durante o período, ele atualizou os fãs e a imprensa sobre a saúde do ex-brother.

Acompanhar um familiar em situação delicada é desafiador, principalmente quando se trata de saúde mental. A rotina do hospital é somada à incerteza da recuperação e gera ansiedade, podendo culminar em transtornos mentais, como ansiedade e depressão.

De acordo com a especialista em psicologia da saúde Laura Campos, é comum que, em internações mais prolongadas, os acompanhantes desenvolvam sinais como alterações no sono e no apetite, além de irritabilidade.

Quando eles começam a afetar outras dimensões da vida, é preciso se alertar e enfrentar a situação o quanto antes, como forma de prevenir o agravamento dos sintomas.

Ter uma rede de ajuda é muito importante para reduzir os impactos da mudança brusca na rotina. Isso inclui o apoio de amigos e parentes, que devem dividir responsabilidades, e a equipe médica responsável pelo paciente.

“É importante que esse acompanhante tenha uma relação de confiança com todos os agentes de cuidado daquela pessoa [internada]”, destaca a psicóloga.

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Rodrigo cresceu em um lar conturbado. Aos 8 anos, viu os pais se separarem. Depois, foi morar com a mãe, que o expulsou de casa quando ele tinha 12 anos
Sem ter para onde ir, o modelo foi morar com o pai. Ao atingir a maioridade, no entanto, viu a história se repetir ao também ser expulso da casa do progenitor
Rodrigo teve que se virar sozinho, aos 18 anos. Graças a um estágio que fazia na época, conseguiu pagar aluguel e, em seguida, ingressou na faculdade de administração
Aos 21, tornou-se o gerente mais novo do Brasil no banco em que trabalhava. Durante esse período, era muito próximo da avó paterna
Pouco antes de completar 30 anos, o pai de Rodrigo o procurou arrependido por tê-lo abandonado. Em entrevista ao Gshow, o administrador revelou que foi a última vez que se encontraram
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Rodrigo Mussi, de 36 anos, é modelo, administrador e gerente comercial em uma multinacional. Natural de São José dos Campos, em São Paulo, o jovem é promessa no reality show Big Brother Brasil

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Rodrigo cresceu em um lar conturbado. Aos 8 anos, viu os pais se separarem. Depois, foi morar com a mãe, que o expulsou de casa quando ele tinha 12 anos

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Sem ter para onde ir, o modelo foi morar com o pai. Ao atingir a maioridade, no entanto, viu a história se repetir ao também ser expulso da casa do progenitor

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Rodrigo teve que se virar sozinho, aos 18 anos. Graças a um estágio que fazia na época, conseguiu pagar aluguel e, em seguida, ingressou na faculdade de administração

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Aos 21, tornou-se o gerente mais novo do Brasil no banco em que trabalhava. Durante esse período, era muito próximo da avó paterna

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Pouco antes de completar 30 anos, o pai de Rodrigo o procurou arrependido por tê-lo abandonado. Em entrevista ao Gshow, o administrador revelou que foi a última vez que se encontraram

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“Ele começou a se reaproximar e me chamou para sair, me pediu desculpas, o que me pegou de surpresa. Nesse dia, resolvi segui-lo de carro até em casa. Vi ele bater, saí correndo, mas morreu no meu colo”, disse Mussi

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Depois da morte do pai, Rodrigo se mudou para a Austrália, onde trabalhou como pedreiro, lavador de louça, bartender e, após ser descoberto por olheiros, também fez trabalhos como modelo

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Na terra dos cangurus, se apaixonou por uma brasileira e se casou. O relacionamento não deu certo e o modelo voltou para o Brasil sem nada. Aqui, participou de processo seletivo em uma indústria farmacêutica, foi aprovado e realizou o sonho de trabalhar em uma multinacional

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Quando as coisas pareciam estar melhorando, o brother sofreu outra grande perda. Com Covid, a avó de Rodrigo morreu. Hoje, o modelo só tem contato com os irmãos

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Apesar de sua história, o paulista afirma que é uma pessoa feliz, alegre e que gosta de uma boa festa

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Após ser escolhido para integrar os participantes da casa mais vigiada do Brasil, o modelo recebeu mensagem de nada mais nada menos do que Anitta. Em um tuíte, a cantora declarou “estar apaixonada”, pediu para o paulista “não decepcionar”

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No entanto, o crush de Anitta em Rodrigo não durou muito. Segundo a cantora, o comportamento do rapaz deixou a desejar

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Incomodando os moradores da casa, Rodrigo foi indicado pelo líder Tiago Abravanel ao segundo Paredão do BBB22. Após receber 48,45% dos votos, o gerente precisou deixar a disputa pelo prêmio milionário

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No fim de março, Rodrigo sofreu um grave acidente de carro. O ex-BBB foi internado no Hospital das Clínicas de São Paulo em estado crítico, após o carro de aplicativo em que estava colidir com um caminhão

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Segundo a assessoria de imprensa de Mussi, o estado de saúde é considerado “delicado, porém estável”. “O influenciador Rodrigo Mussi sofreu traumatismo craniano durante o acidente, além de fraturas pelo corpo. O estado de saúde é considerado delicado, porém estável”, afirmou a equipe do rapaz, ao confirmar que ele também precisou passar por cirurgia múltipla na perna e na cabeça

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Agora, de acordo com Diogo Mussi, irmão de Rodrigo, o ex-brother, já fora da UTI, está se recuperando do acidente e apresentou “melhora significativa”

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Em casos graves, como o do ex-BBB, é esperado que o impacto emocional seja mais forte. Assim, fatores protetivos para minimizar a evolução de problemas mentais são essenciais.

Manter o autocuidado, incluindo saídas do ambiente hospitalar, praticar exercícios físicos e ter uma rotina espiritual devem ser prioridade. “O acompanhante não pode abrir mão de tudo aquilo que mantém a própria saúde para cuidar do outro”, diz a psicóloga.

Segundo estudo da Universidade de São Paulo (USP) realizado com 282 familiares de pacientes internados em um hospital público de grande porte, pessoas mais idosas tendem a ser mais otimistas, e pessoas casadas tendem a apresentar um nível de estresse mais baixo do que as solteiras.

Solidão

Para Ana Caroline Manso, 25 anos, o sentimento de acompanhar o marido internado foi de solidão. “Foi um período bem complicado para dormir. Nós quase não dormíamos, porque meu marido tinha que tomar antibiótico a cada quatro horas. De dia era muito difícil para descansar porque toda hora entrava alguém da equipe médica no quarto”, lembra.

Ana Caroline comenta que sentiu seu psicológico fragilizado, pois não conseguia realizar atividades de lazer no ambiente hospitalar, como a leitura: “Eu estava extremamente cansada, não tinha uma rotina certa. A qualquer momento alguma coisa poderia acontecer, então ficava aquela tensão”.

Ela relata que teve que ser o suporte emocional para o marido, internado com inflamação em parte do cérebro. Para ela, o que mais ajudou durante o período foi a fé, as orações e visitas que receberam de amigos.

Sofrimento mental

Quanto mais incerto e inseguro for o estado de saúde do paciente, maior é o sofrimento mental do acompanhante. Além das relações que devem ser mantidas com a equipe de cuidado da pessoa internada, é recomendado que o acompanhante se perceba como uma figura ativa no processo de cuidado e nas tomadas de decisões, inclusive após o período de internação.

Foi o caso de Matheus Souza, empresário, que relata ter aprendido bastante ao lidar com o desafio de cuidar da mãe após ela sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) em 2020.

“Eu passei a ter mais contato com a minha mãe, a entender e compreender mais a situação dela. Isso não apenas me ajudou com ela, mas a me tornar uma pessoa mais paciente e compreensiva”, diz.

Para ele, a rede de apoio foi de extrema importância para enfrentar a situação e impedir que problemas emocionais surgissem.

“Sempre tive uma família muito unida, um pai presente que dividiu essa função comigo. Embora minha irmã morasse em outra cidade, ela sempre nos apoiava e nos visitava quando podia para nos ajudar. Vi o tanto que foi importante ter apoio familiar e de amigos para saber lidar com tudo isso”, avalia.

(*) Eline Sandes é estagiária do Programa Mentor e está sob supervisão da editora Maria Eugênia

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