Campanha para ampliar adesão à vacina contra HPV e meningite C
Um dos maiores empecilhos para ampliar a vacinação, avaliam técnicos do ministério, é a divulgação de notícias falsas envolvendo a imunizaçã
atualizado
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Para tentar melhorar os índices de cobertura vacinal, que estão bem abaixo da meta estabelecida, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (13/3), uma campanha publicitária para vacinar jovens e adolescentes contra meningite e HPV. A iniciativa, que vai até dia 30, é feita de forma simultânea com um movimento para convencer escolas públicas a aderirem a estratégia de promover dias de vacinação dentro dos estabelecimentos para estudantes. Logo que a vacinação de HPV foi introduzida no Brasil, em 2014, escolas aderiram de forma maciça à estratégia.
No entanto, diante da notícia de casos (depois descartados) de reações adversas ainda naquele ano, a adesão caiu de forma expressiva. E, com ela, os índices de cobertura vacinal entre os adolescentes. A ideia, agora, é tentar vencer essa resistência.
Os dados da vacina meningocócica C não são muito diferentes. A meta é vacinar 80% de adolescentes entre 11 e 14 anos – um público alvo maior do que no ano passado, quando a vacina era oferecida para jovens entre 12 e 13 anos. Tanto a vacina contra HPV como a de meningite C estão disponíveis durante todo o ano, nos postos de saúde.
Um dos maiores empecilhos para ampliar a vacinação, avaliam técnicos do ministério, é a divulgação de notícias falsas envolvendo a imunização. “Para combatê-las, preparamos uma material específico que será divulgado nas redes sociais. Esclarecendo o que é mito e, sobretudo, mostrando que temos o apoio de todas as sociedades científicas”.
O Ministério da Saúde estima que ocorram 16 mil casos de câncer de colo de útero por ano, com 5 mil óbitos. Mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% dos casos de cânceres de pênis estão relacionados ao HPV.
A vacina contra meningite, por sua vez, é aplicada aos três, cinco e 12 meses. Um reforço deve ser dado na adolescência.