Campanha de multivacinação começará em maio por Acre e Amazonas
Ministério da Saúde está em alerta nos municípios de fronteira com o Peru, que confirmou primeiro caso de poliomielite em 32 anos
atualizado
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A tradicional campanha de multivacinação promovida pelo Ministério da Saúde começará, neste ano, pelos estados do Acre e Amazonas. A previsão da pasta é iniciar a ação no mês de maio nos dois estados, e no restante do país no segundo semestre.
“Em algumas regiões do Brasil, estamos de olho nos riscos epidemiológicos”, explicou Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde. No caso do Acre e do Amazonas há a fronteira com o Peru, que registrou o primeiro caso de poliomielite depois de 32 anos.
A fala foi feita durante coletiva de imprensa na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília (DF). Enquanto a previsão é de que a vacinação comece no dia 13 de maio no Amazonas, no Acre o início da campanha está marcado para o dia 28.
As datas estão sujeitas a alteração, uma vez que dependem de pactuação com os estados. “No Amazonas, vamos priorizar municípios de fronteira, depois municípios com baixa cobertura vacinal. No Acre começa um pouco mais tarde porque eles tiveram uma emergência devido às enchentes. Lá teremos uma etapa só porque o número de municípios é menor”, explicou Gatti.
A campanha de multivacinação oferece diferentes imunizantes, como a BCG, Hepatites A e B, febre amarela, tríplice viral, tríplice bacteriana, HPV e outras. A iniciativa é focada em atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes de até 15 anos.
O diretor afirmou que a Operação Gota, que vacina indígenas em regiões de difícil acesso, será ampliada em parceria com o Ministério da Defesa.
Nível nacional
O Ministério da Saúde pretende iniciar a campanha de multivacinação a nível nacional no segundo semestre do ano. De acordo com Éder Gatti, faltam ainda pactuações com estados e municípios, além de regularizar estoques e padronizar os sistemas de informação da pasta.
“Criaremos indicadores para estratificar os municípios, dividiremos considerando o número de não vacinados”, explicou o diretor. Até agosto, ele pretende ter alinhados todos os sistemas de informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).