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“Brasil representa ameaça global”, diz epidemiologista Ethel Maciel

Ao Metrópoles, ela afirmou que vacinação lenta e a cicurlação de variantes da Covid-19 na população brasileira preocupam todo o planeta

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Caio Barbieiri entevista Ethel Maciel
1 de 1 Caio Barbieiri entevista Ethel Maciel - Foto: Metrópoles

Epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a pesquisadora Ethel Maciel afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que o Brasil representa uma grande ameaça ao mundo por conta de equívocos na condução da pandemia de Covid-19. Segundo a especialista, a vacinação lenta e a circulação de variantes do novo coronavírus na população brasileira preocupam todo o planeta.

“Se a gente deixa o vírus circular livremente, como está acontecendo aqui no Brasil, há a emergência de novas variantes que podem impactar na vacinação. Essa é a grande preocupação do mundo todo hoje. Por isso o Brasil representa uma ameaça global”, disse (confira a partir de 6′)

De acordo com a especialista, o Brasil errou ao negociar doses de vacinas contra a Covid-19 e destacou outros equívocos: “A gente falhou em todo o sistema de saúde. Falhamos por não comprar vacina. Também falhamos por não adotar medidas restritivas”.

A professora destacou que os estudos indicam que abril será o mês mais crítico desde o início da pandemia de Covid-19 no país. Segundo ela, é esperada uma média de 4 mil mortes por dia. Nesta sexta-feira (19/3), foram registradas 2.815 mortes em decorrência da Covid-19.

Leitos de UTI

Ethel explicou um dos prováveis motivos para a lotação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em todo o Brasil, incluindo o Distrito Federal. Segundo dados da startup In Loco, 24 estados e o DF têm taxas de ocupação dos leitos de UTI para a Covid-19 no SUS iguais ou superiores a 80%.

Segundo ela, os jovens são afetados com maior gravidade pela nova cepa da Covid-19 e eles passam períodos mais longos internados do que os idosos, ocupando, assim, os leitos por mais tempo.

“Nós já sabíamos, desde os primeiros estudos, que essas novas variantes, principalmente a do Reino Unido, transmitia mais e passava para os mais jovens. Eles felizmente respondem melhor ao vírus, mas ocupam por mais tempo os leitos de UTI. Tínhamos uma média de oito dias [de internação] e agora a média subiu para 12 dias e, em alguns casos, um pouco mais”, explicou (7’28”).

Ethel disse estar torcendo para o sucesso do médico cardiologista Marcelo Queiroga no comando do Ministério da Saúde. A pesquisadora também falou, na entrevista, sobre o trabalho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate ao coronavírus. Segundo a epidemiologista, ter um presidente “que só atrapalha” em um momento de crise é “muito grave”. Ethel, no entanto, destacou o sucesso do Sistema Único de Saúde (SUS) diante da pandemia.

Confira a entrevista:

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