1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos
- Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
O Brasil registrou a oitava morte por varíola dos macacos e se tornou o país com maior número de vítimas pela doença no atual cenário epidêmico.
Segundo o Ministério da Saúde, a oitava morte aconteceu em Minas Gerais. Dados apontam que o estado conta com 545 casos confirmados de Monkeypox e 355 suspeitos.
Segundo a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, a vítima é um homem, de 33 anos, que residia no município de Divinópolis, mas estava internada em Belo Horizonte. O rapaz, que possuía comorbidades, faleceu no último sábado (22/10).
Até então, o Brasil tinha o maior número de mortes por varíola dos macacos fora da África. Naquele continente, a Nigéria listava sete mortes
São Paulo é a unidade da Federação com maior número de casos confirmados: 4.014.
O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que ao todo o Brasil tem 9.026 casos confirmados e 4.765 suspeitos.
Em número de casos confirmados da doença, o Brasil ocupa a segunda colocação, atrás apenas dos Estados Unidos, com 27.884 pessoas infectadas.
Informações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos apontam que o país já registrou seis óbitos pela varíola do macaco. Os óbitos aconteceram em Chicago, Nova York, Nevada e Maryland.
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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas
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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas
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Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia
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Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses
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Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi
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A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose
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A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas
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A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção
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Devido ao aumento dos casos em diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como emergência de saúde pública global
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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
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A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas
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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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