Compartilhar notícia
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reagiu nesta segunda-feira (19/10) à declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que tem “um governador que está se intitulando o médico do Brasil”.
“Quero agradecer o presidente Bolsonaro me qualificando como médico do Brasil. Agradeço o presidente porque eu confio nos médicos e ontem [domingo] foi o Dia do Médico. Portanto, qualquer referência a mim como médico, ainda que não seja médico, só me distingue porque acredito na medicina e nos médicos”, afirmou o governador em coletiva, no Palácio dos Bandeirantes.
Doria disse ainda que o Brasil precisa “mais do que nunca de paz, amor e vacina para salvar os brasileiros”. “Como eu sou a favor da paz, do amor e da vida, eu entendo que a vacina deve ser aplicada a todos os brasileiros”, respondeu, ao ser questionado sobre a declaração de Bolsonaro de que o governo federal não obrigará a população a tomar a vacina.
O governador ressaltou que não está em uma corrida eleitoral, se referindo à disputa presidencial de 2022. “Nós estamos em uma corrida pela vida. Eu estarei do lado dos médicos que querem salvar vidas”, acrescentou.
Obrigatoriedade da vacina
Bolsonaro disse a apoiadores que o governo federal não vai tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória. O chefe do Executivo reforçou que a decisão cabe a ele e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Sem citar o nome de Doria, o qual afirmou que tornará obrigatório o imunizante contra a Covid-19 para a população do estado, Bolsonaro disse que o tucano “está se intitulando o médico do Brasil”.
O governador João Doria afirmou na última sexta-feira (16/10) que a vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o estado, após ser aprovada pela Anvisa.
Doria acusou o presidente de “politizar” a vacina, desenvolvida e testada em parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório Chinês Sinovac.
O Ministério da Saúde ainda liberou verba para a compra da Coronavac, segundo o Governo de São Paulo.