Brasil aumenta doação de órgãos em 7% com relação a 2017
Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 1.765 doadores efetivos no país
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (27/9) que, entre janeiro e junho deste ano, houve um crescimento de 7% nas doações e transplantes de órgãos em comparação com o mesmo período de 2017. Foram 1.765 doadores de órgãos efetivos até o último levantamento. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa, em comemoração ao Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. Na ocasião, também foi lançado a Campanha Nacional de Incentivo à doação de órgãos.
Segundo a pasta, com o aumento no número de doadores efetivos, ou seja, aqueles que iniciaram a cirurgia para a retirada de órgãos com a finalidade de transplante, o Brasil deve fechar 2018 com taxa de 17 doadores efetivos por milhão da população (PMP). Com essa média, o país vai ultrapassar a meta do Plano Plurianual do Ministério da Saúde, que prevê o alcance de 15 doadores efetivos para este ano. Em números absolutos, o país deve contar com 3.530 doadores – batendo recorde da série histórica dos últimos cinco anos.
Nos últimos anos, o ministério observou um aumento dos consentimentos familiares para a doação de órgãos, fruto de uma maior consciência da sociedade sobre a importância desses procedimentos. Atualmente 41.266 pacientes aguardam por um transplante, número menor que em 2017, quando havia 44 mil pacientes nas listas de espera.
Segundo o governo federal, o orçamento para essa área mais que dobrou em 10 anos, passando de R$ 453,3 milhões para R$ 1,036 bilhão. A pasta também informou que vai ofertar 74 oficinas de capacitação de 4 mil médicos, até 2020, em atendimento à nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) para o diagnóstico da morte encefálica.
Transplantes
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, o país deve realizar 26.400 transplantes. Desse total, 8.690 serão órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e pâncreas rim), registrando recorde em comparação aos últimos oito anos.
Na projeção para todo o ano de 2018, os transplantes de córnea, no entanto, apontam redução. O ministério afirma que esse é reflexo da diminuição na lista de espera em alguns estados. Amazonas, Ceará, Goiás, Pernambuco e Paraná tiveram desempenho médio de transplantes de córnea, superior ao da média de pacientes na lista de espera, nos últimos três meses, e, portanto, são considerados na situação de lista zerada.
Dados apontam que as companhias de aviação civil transportaram, entre junho de 2016 até junho deste ano, a partir do termo de cooperação firmado com o Ministério da Saúde, 9.236 órgãos sólidos e tecidos. Em relação ao primeiro semestre deste ano, houve crescimento de 6% em comparação ao primeiro semestre de 2017, passando de 2.327 itens transportados, entre órgãos, tecidos e equipes para 2.474.
Já a FAB transportou entre junho de 2016, quando saiu o decreto presidencial (nº 8.783 de junho de 2016), até junho deste ano, 513 órgãos sólidos e tecidos.
Campanha
A campanha do Ministério da Saúde de incentivo à doação de órgãos deste ano traz o slogan “Espalhe Amor. Doe Órgãos”. O objetivo é mostrar a importância de se falar mais sobre doação para manter o tema em evidência na sociedade. A inciativa entra no ar nesta quinta-feira (27) e será veiculada em TV, rádio, revistas, outdoor e mobiliário urbano, além de internet e rede sociais/influenciadores digitais.