Bolsonaro sobre coronavírus: “Todos iremos morrer um dia”
Presidente afirmou que o desejo é poupar vidas, mas minimizou o vírus e insistiu no retorno às atividades para preservar os empregos
atualizado
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Após retornar de um passeio pelo Distrito Federal neste domingo (29/3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que vai enfrentar a epidemia do novo coronavírus no Brasil “como homem, não como um moleque”. Sustentou, ainda, que deseja poupar vidas, mas minimizou as preocupações com a Covid-19: “Todos iremos morrer um dia”.
“Temos um problema do vírus? Temos. Ninguém nega isso daí. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, com as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego é essencial”, defendeu.
Para o presidente, o isolamento social – recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e aplicado por autoridades do mundo inteiro – está custando o emprego do brasileiro.
“Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra, não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia. Queremos poupar a vida? Queremos, na parte da economia, o Paulo Guedes tá gastando dezenas de bilhões de reais, que é do Orçamento, que é dinheiro do povo, se bem que nem dinheiro é. Pegamos autorização do Congresso para estourar o teto, que vai ser paga essa conta lá na frente”, destacou.
Passeio por Brasília
Neste domingo, o presidente deixou o Palácio da Alvorada por um caminho alternativo, que passa paralelo ao Lago Paranoá, com saída pelo Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República. Bolsonaro passou em uma farmácia e em uma padaria no Sudoeste. Depois, foi para o Hospital das Forças Armadas (HFA), mas não respondeu se chegou a se consultar ou fazer exames no local.
Ao sair do HFA, Bolsonaro seguiu rumo a Ceilândia, onde gravou um vídeo com um vendedor de churrasco na frente da feira da cidade. Depois, seguiu para a cidade vizinha, Taguatinga, onde visitou um açougue.