Bolsonaro nos EUA: presidente do Serpro também pegou Covid-19
Com a confirmação, chega a 24 o número de infectados na viagem que Bolsonaro fez no início de março, quando se encontrou com Donald Trump
atualizado
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O presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Caio Mario Paes de Andrade, revelou em reunião virtual com servidores do órgão nesta quinta-feira (23/04) que foi infectado pelo coronavírus quando integrou a comitiva presidencial em viagem aos Estados Unidos no início de março.
Com a confirmação, chega a 24 o número de pessoas da comitiva presidencial que estiveram nos eventos na Flórida que contaram, inclusive, com participação do presidente norte-americano Donald Trump, que pegaram Covid-19.
O Serpro havia informado, em 15 de março, que Paes de Andrade fez um teste, mas não divulgou o resultado. Notícia que circulou na rede interna do órgão chegou a informar que o teste havia dado negativo, mas, nesta quinta, ele mesmo disse que pegou a doença, mas que estava curado.
O gestor não deu muitos detalhes sobre o tratamento ao qual foi submetido, mas disse aos servidores que foi um “período difícil”.
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, Paes de Andrade participou do Seminário “Brazil – US Business Relations in Florida”, aberto pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e teve contato com integrantes que estavam com o presidente e tiveram testes de Covid-19 confirmados”.
Ainda segundo o órgão, “ao retornar ao Brasil, ele entrou em isolamento voluntário e realizou um primeiro teste com resultado negativo. Entretanto, como percebeu sintomas típicos da Covid-19, realizou um segundo teste. Neste segundo, o resultado foi positivo”.
Por causa do diagnóstico, o gestor ficou mais 20 dias em isolamento. Segundo o Serpro, o quadro de sintomas foi “leve”.
Com o presidente do Serpro, são pelo menos 24 infectados na viagem, no início de março. Entre eles estão Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência; Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro; e Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
Bolsonaro chegou a ser testado e informou que o resultado foi negativo, mas jamais mostrou o teste. No último dia 15 de abril, a Câmara dos Deputados o intimou a fazê-lo em até 30 dias. O pedido ainda não foi respondido, mas, desde então, a relação entre Bolsonaro e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ficou tensionada.