Bolsonaro determina recolhimento da Caderneta de Saúde da Adolescente
Segundo o presidente da República, o material contém “certas figuras que não caem bem para que meninos e meninas de 9 anos tenham acesso”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o recolhimento da Caderneta de Saúde da Adolescente, editada pela pasta. O motivo é o conteúdo do material, que também tem a versão para meninos. De acordo com o chefe do Executivo nacional, há “certas figuras que não caem bem para que meninos e meninas de 9 anos tenham acesso”.
O tema foi abordado na transmissão ao vivo que Bolsonaro fez pelo Facebook nesta quinta-feira (7/3), ao lado do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e do porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. As lives, segundo o presidente, serão semanais, sempre às quintas-feiras.
Bolsonaro afirmou que teve conhecimento da caderneta, que chamou primeiramente de “caderneta de vacinação”, por meio do vídeo de uma senhora que criticava o material. O presidente pediu que conseguissem alguns exemplares em um posto de saúde. “Detalhe: ela [caderneta] é de 2012, da senhora Dilma Rousseff. E foi impressa em grande quantidade”, observou o titular do Palácio do Planalto.
As imagens da cartilha mostravam o desenvolvimento das partes íntimas de meninos e meninas e suas divisões, informações sobre higiene íntima e o uso de preservativos, entre outras.
Segundo Bolsonaro, a caderneta, de 40 páginas, apresenta conteúdos importantes, mas ressaltou que algumas partes são impróprias. “Tem boas informações, precisas, mas o final dela fica complicado, no meu entendimento. Se você pai ou mãe achar que não, é um direito seu”. O presidente deu uma sugestão aos pais: “Quem tiver a cartilha em casa, dá uma olhada. Porque vai estar na mão dos seus filhos. Se achar que é o caso, tira as páginas que tratam desse assunto”.
Nova cartilha
O presidente da República informou que ligou para o ministro Mandetta e a solução à qual chegaram é que será elaborada uma “nova cartilha”, com um menor número de páginas, mais barata e sem as figuras. “E vamos rapidamente distribuir e recolher essas anteriores”, destacou.