Barra Torres: fim da pandemia não está a “olhos vistos ou prazo curto”
Durante reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa, diretor-presidente pregou cautela e ressaltou papel da vacinação
atualizado
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O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, fez um alerta sobre a pandemia durante a leitura do voto que levou à aprovação emergencial do molnupiravir, remédio contra Covid da Merck Sharp & Dohme (MSD).
Barra Torres relembrou que o país tem registrado leve aumento na média do número de casos da doença nos últimos dias.
“Pelo menos no momento atual, não caminha para final a olhos vistos ou a prazo curto a pandemia da Covid-19. Precisamos estar atentos a essa monitorização”, disse.
O médico também ressaltou que o tratamento medicamentoso, com cada vez mais opções disponíveis no mercado, não substitui a vacinação. Ele celebrou a alta adesão dos brasileiros à campanha voluntária, superior a 80% com duas doses.
Com a aprovação unânime dos diretores da autarquia, a relatora do processo, Meiruze Freitas, também reforçou que a imunização continua a ser a estratégia mais efetiva para reduzir casos graves e óbitos pela doença.
“Aqueles que não completaram o curso completo de vacinação têm mais chances de apresentar sintomas moderados ou graves em comparação com aqueles que receberam um reforço, especialmente, os mais vulneráveis”, ponderou.
Antiviral para uso oral, o molnupiravir deve ser ingerido dentro de cinco dias após os primeiros sintomas da Covid. O fármaco impede que o vírus se replique e, dessa forma, reduz a gravidade da doença.