Backer: suspeitas de intoxicação por dietilenoglicol vão a 17
Secretaria de Saúde de Minas Gerais informou que quatro casos já foram confirmados e 13 seguem em investigação
atualizado
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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou, nesta segunda-feira (13/01/2020), que já são 17 os casos suspeitos de contaminação por dietilenoglicol, substância identificada em pelo menos três lotes da cerveja Belorizontina, da Backer. Em nota, a pasta afirma que são 16 pacientes homens e uma mulher.
Desses casos, quatro são de suspeitas de “intoxicação exógena”, ou seja, provocada pela interação com um agente tóxico, foram confirmados – os demais seguem sob investigação. Até agora, já foi registrada uma morte, de um paciente de 55 anos.
Laudo da Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apontou a presença da substância tanto em produtos recolhidos na fábrica da cervejaria quanto nas casas das pessoas afetadas – e exames biológicos de quatro pacientes confirmaram a contaminação.
Segundo a pasta, após a notificação dos primeiros dois casos, foi realizada uma série de exames pela Fundação Ezequiel Dias e descartadas as hipóteses de “arboviroses, febres hemorrágicas (febre amarela, hantavirose, leptospirose e riquetisioses), infecções bacterianas e fúngicas sistêmicas, doenças neuroinvasivas, sarampo, hepatites virais, doença de Chagas, HIV, tuberculose, meningites e encefalites”.
Na última sexta-feira (10/01/2020), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o fechamento cautelar da cervejaria. Para justificar a medida, eles apontaram “risco iminente à saúde pública”. Nesta segunda-feira (13/01/2020), o Mapa mandou recolher todas as cervejas da empresa, em nome da proteção à saúde dos consumidores.