Após saída de cubanos, Mais Médicos tem 1.052 desistências em 3 meses
Segundo o Ministério da Saúde, o maior volume é registrado em cidades com 20% ou mais da população em extrema pobreza
atualizado
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Cerca de 15% dos médicos brasileiros que entraram no Mais Médicos após a saída dos cubanos desistiram de participar do programa nos primeiros três meses. De acordo com levantamento da Folha de S.Paulo, ao menos 1.052 profissionais que assumiram entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano já deixaram as vagas.
No total, 7.120 brasileiros ingressaram no programa nas duas primeiras rodadas de seleção após o fim da participação de Cuba no Mais Médicos.
Além desses, outros 1.397 médicos brasileiros formados no exterior tinham previsão de iniciar as atividades até o fim da última semana, mas o balanço dessas adesões ainda não foi divulgado.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o maior volume de saídas do programa é registrado em cidades com 20% ou mais da população em extrema pobreza. São 324 desistências, ou 31% do total. Em seguida estão capitais e regiões metropolitanas, com 209 desistências, ou 20%.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que as vagas oriundas das desistências “poderão ser ofertadas em novas fases de provimento de profissionais ainda em análise”.
Em audiência no Senado na última semana, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a previsão é enviar ao Congresso um novo projeto para substituir o Mais Médicos ainda neste mês.
Números do programa Mais Médicos
7.120 médicos brasileiros ingressaram em duas rodadas de seleção abertas após o fim da participação de Cuba
1.052 desses profissionais deixaram as vagas
1.397 médicos brasileiros formados no exterior também foram selecionados para o programa