Anvisa: vacina da dengue é contraindicada a quem nunca teve a doença
Segundo estudo, doses do medicamento podem aumentar riscos de hospitalização ou quadro agravado dos sintomas
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou, nesta quinta-feira (23/8), uma nova resolução sobre a aplicação da vacina da dengue. De acordo com estudos realizados pelo fabricante do medicamento, o laboratório Sanofi Aventis Farmacêutica, as doses devem ser contraindicadas para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus.
Segundo a Anvisa, esses indivíduos apresentam um aumento no risco de hospitalização ou de desenvolver a variação mais grave da dengue quando tomam a vacina e, posteriormente, contraem a doença. Ou seja, a possibilidade de agravamento para um quadro mais complexo, nessa situação, torna-se maior.
Contudo, a contraindicação não é exatamente uma proibição sobre a aplicação da vacina. Segundo a própria Anvisa, é possível, em alguns casos, o médico responsável considerar que o custo-benefício da imunização ainda compensa.
A decisão afeta a distribuição da Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. Trata-se da única vacina contra a dengue com registro no Brasil, aplicada na rede privada de saúde. A exceção é o Paraná, onde o governo estadual decidiu fornecer o medicamento na rede pública.
A Anvisa deu prazo de 30 dias para o Sanofi adequar a bula eletrônica e enviar orientações para os locais onde a vacina já está sendo usada. Lotes que forem produzidos a partir desta quinta já devem trazer a contraindicação.