Anvisa suspende uso e comercialização de silicones da Silimed
A decisão foi tomada porque agentes de vigilância identificaram falhas de boas práticas de fabricação na unidade do Rio de Janeiro. Amostras foram coletadas e serão enviadas para análise
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou temporariamente a Silimed do Brasil e determinou a suspensão do uso e a comercialização de todos os implantes de silicone produzidos pela empresa. A decisão foi tomada porque agentes de vigilância identificaram falhas de boas práticas de fabricação na fábrica, localizada no Rio. Amostras foram coletadas e serão enviadas para análise.
A Anvisa afirmou estar em curso uma avaliação de risco dos produtos e esclareceu que a interdição é cautelar. De acordo com a agência, não foram identificados os riscos à saúde em consequência do uso dos produtos para implante. Por isso, pessoas que se submeteram a implante com produto não precisam adotar nenhum tipo de procedimento.
A Silimed teve a suspensão temporária do Certificado de Conformidade Europeu (CE) recomendada pelo organismo certificador da Alemanha. Na Europa, a recomendação é a de que esses produtos não sejam implantados até a emissão de novas orientações. Na Grã-Bretanha, a suspensão foi em 24 de setembro, em razão de contaminação. As fiscalizações identificaram a presença de partículas em superfícies de próteses mamária. Tais partículas são compostas do próprio material da prótese.
Em nota, a Silmed afirma estar tomando todas as medidas necessárias para corrigir e reverter a interdição na Europa e no Brasil . A empresa argumenta não haver especificações técnicas para as partículas em superfícies das próteses mamárias.
A empresa é a maior fabricante de próteses mamárias da América Latina e a terceira do mundo. Exporta para 60 países. Foi fundada há 33 anos. Em 2010, foram fabricados 340 mil implantes mamários. Dois terços disso, destinados aio mercado brasileiro.