Anvisa rebate boatos e reafirma: vacina bivalente contra Covid é segura
Ministério ampliou aplicação da vacina para maiores de 18 anos. Anvisa desmente notícias falsas sobre o imunizante da Pfizer
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifestou nesta quinta-feira (27/4) para desmentir fake news sobre a vacina bivalente contra a Covid-19. Na última segunda-feira (24/4), o Ministério da Saúde ampliou o público-alvo elegível para receber a dose adicional para toda a população acima de 18 anos, mas boatos que circulam pela web põem em xeque a segurança e a eficácia do novo imunizante.
“Informações descontextualizadas e frases isoladas dos documentos de aprovação da vacina bivalente têm sido utilizadas de forma temerária para alimentar notícias falsas e conteúdo desinformativo sobre a vacina bivalente”, diz a agência, em nota.
“A vacina bivalente Comirnaty (Pfizer) teve sua segurança e eficácia comprovadas por meio de dados técnicos e científicos, atendendo todo o rigor da regulamentação de vacinas”, ressalta. Diferente da vacina monovalente, aplicada inicialmente, a versão bivalente contém a cepa original da doença e também subvariantes da variante Ômicron, em circulação atualmente.
A avaliação da vacina feita pela agência concluiu que a bivalente é “tão ou mais imunogênica que a versão anterior, ou seja, capaz de gerar uma resposta imune robusta, com o desenvolvimento de anticorpos”. “A conclusão de eficácia foi embasada em métodos científicos consolidados, utilizando os dados sólidos já existentes sobre a resposta imune e a eficácia da vacina monovalente Comirnaty e da resposta imune demonstrada pela vacina bivalente Comirnaty”, prossegue a nota da Anvisa.
“A leitura do parecer de aprovação da vacina bivalente não pode ser feita de forma isolada ou em fragmentos, sem o devido conhecimento técnico da matéria e das evidências científicas disponíveis nos documentos públicos divulgados pela Anvisa”, alerta a agência.
Avaliações
A análise para aprovação do imunizante incluiu avaliações não clínicas (realizadas em laboratório, com animais) e avaliações clínicas (realizadas com voluntários humanos), além do conhecimento já existente sobre a Comirnaty monovalente.
De acordo com o Ministério da Saúde, 97 milhões de brasileiros passam a ser aptos para se vacinarem com a nova ampliação. O Vacinômetro mantido pela pasta mostra que, até o momento, pouco menos de 9 milhões de doses já foram aplicadas em idosos, pouco mais de 1 milhão em profissionais da saúde, 701 mil em pessoas com comorbidades e 146,4 mil em povos e comunidades tradicionais como indígenas, ribeirinhos e quilombolas.