Anvisa diz que decisão de suspender testes com Coronavac foi técnica
Governo de São Paulo informou que um voluntário de 33 anos morreu e que o óbito não tem relação com o estudo clínico em andamento
atualizado
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O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, voltou a afirmar que a decisão de suspender os estudos clínicos com a vacina Coronavac foi tomada com base na notificação de “um evento adverso grave”.
Torres disse que a decisão foi técnica e seguiu diretrizes estabelecidas em protocolo. “[A suspensão] Não depende do meu aval. Recebemos essa decisão emanada da área técnica”, garantiu.
De acordo com o diretor da Anvisa, as informações sobre o “evento adverso grave” estavam incompletas e insuficientes para permitir a continuidade do estudo clínico.
A agência suspendeu os testes com a Coronavac, desenvolvida em parceira com a chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, ligado ao Governo de São Paulo, nessa segunda-feira (9/11).
Após o anúncio, o governo local informou que houve a morte de um voluntário, um homem de 33 anos. No entanto, as autoridades de saúde garantiram que o óbito não está relacionado ao teste.
O Executivo paulista afirmou que soube da suspensão dos testes pela imprensa, informação que foi rebatida pelo diretor da Anvisa.
“Quem se surpreendeu com uma decisão tomada por nós, está se surpreendendo com uma decisão que é óbvia. Vamos decidir diante de documentos que nos respaldem, ou na ausência deles, como ocorreu ontem [segunda-feira]”, rebateu.
“Confiança na vacina”
Após a Anvisa suspender temporariamente os testes com a Coronavac, a Sinovac Biotech disse nesta terça-feira estar “confiante na segurança da vacina”.
A empresa chinesa informou que os estudos clínicos são feitos de acordo com as exigências do Good Clinical Practice (GCP, boas práticas clínicas, em tradução livre).