Anvisa autoriza produção de oxigênio com menor pureza para o Amazonas
Decisão da agência permite aumentar a capacidade produtiva da planta de Manaus em aproximadamente 2 mil metros cúbicos diário
atualizado
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Em decisão excepcional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a produção de oxigênio com grau de pureza de 95% para distribuição na rede de saúde do Amazonas, que enfrenta colapso do sistema em função do crescimento de casos do novo coronavírus no estado.
A decisão foi tomada nessa quinta-feira (14/1), após negociações entre a Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac), com a Anvisa, as Forças Armadas e o Ministério da Saúde.
O oxigênio do estado é produzido pela empresa White Martins, que ainda durante a noite afirmou ter identificado disponibilidade de estoque da substância em operações na Venezuela. O país vizinho se prontificou a liberar “imediatamente” os cilindros para o estado brasileiro.
Segundo a White Martins, a decisão da Anvisa permite aumentar a capacidade produtiva da planta de Manaus em aproximadamente 2 mil metros cúbicos diário.
“Dessa forma, a porcentagem mínima seria alterada para 95%, permanecendo em patamar ainda superior ao exigido para a produção via Sistemas Concentradores de Oxigênio (Pressure Swing Adsorption – PSA), um equipamento utilizado por diversas instituições de saúde no Brasil”, disse.
Ainda de acordo com a empresa, a demanda de oxigênio aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos por dia, quase duas vezes e meia a capacidade de produção da unidade local, de 28,2 mil m³.