ANS abre consulta para inclusão de medicamento para esclerose múltipla
O medicamento a ser incorporado é indicado como terapia no tratamento da esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR)
atualizado
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu consulta pública para a inclusão no seu Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde de uma terapia imunobiológica para o tratamento da esclerose múltipla.
“Precisamos participar ativamente desta consulta pública. Por meio dela, podemos expor nossa visão sobre os tratamentos e contribuir para a compreensão da doença”, afirma Gustavo San Martin, presidente e fundador da Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME). A consulta pública está no ar e pode ser acessada até 26 de julho.
O medicamento a ser incorporado é indicado como terapia no tratamento da esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR) para prevenir surtos e retardar a progressão da incapacidade nos pacientes com doença altamente ativa, independentemente do uso prévio de outras terapias. O natalizumabe está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) como opção de tratamento para esclerose múltipla.
“Essa inclusão é muito importante, tanto pela perspectiva do acesso à tecnologia, quanto para a disponibilidade da ANS em avaliar a inclusão da Esclerose Múltipla no Rol. Desconsiderar a necessidade do melhor tratamento, no momento oportuno, é estimular a judicialização e contribuir para que a EM siga sendo a doença neurológica que mais aposenta adultos jovens no país”, afirma Gustavo San Martin.
Para participar da Consulta Pública 61, da ANS, clique aqui.
A doença
De causa ainda desconhecida, a esclerose múltipla é uma doença que atinge adultos jovens e compromete o sistema nervoso central, caracterizada pela desmielinização das proteínas da bainha de mielina, capa de proteção do axônio, por onde passam os impulsos nervosos. É um processo de inflamação crônica de natureza autoimune que pode causar desde problemas momentâneos de visão, falta de equilíbrio até sintomas mais graves, como cegueira e paralisia completa dos membros.
É uma das principais causas de incapacidade de jovens adultos, com idade de 20 a 40 anos, atingindo principalmente mulheres. Fatores ambientais, genéticos e o tabagismo podem influenciar o aparecimento da esclerose múltipla. A enfermidade atinge mais de 30 mil brasileiros.