Saúde afirma que ainda não há previsão para embarque de IFA da China
Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, diz que a situação está sendo monitorada pela pasta
atualizado
Compartilhar notícia
O secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou, na tarde desta sexta-feira (7/5), que a pasta ainda não tem informações sobre a vinda para o Brasil de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da China. Cruz ainda afirmou que “essa questão está sendo monitorada”.
“O ministro [Marcelo Queiroga, da Saúde] esteve em reunião com o embaixador chinês e essa não é uma alternativa isolada, sempre foi o objetivo garantir que esse IFA cheguee ao Brasil”, disse o secretário. “Ainda não temos a confirmação do embarque do IFA”, completou.
A afirmação do secretário acontece após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insinuar que o país asiático teria criado o vírus para uma “guerra química”.
Nessa quinta-feira (7/5), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que a empresa chinesa Sinovac reduziu a previsão de importação do próximo lote de matéria-prima que será enviado ao Brasil para a finalização de doses da Coronavac. Covas também atribuiu o problema à “falta de alinhamento” do governo federal.
Devido aos atrasos da entrega da matéria-prima,o Butantan não conseguiu concluir a entrega ao governo das 46 milhões de doses da vacina dentro do prazo, que encerrou em 30 de abril.
Com o cronograma de entrega de vacinas atrasado, o Instituto Butantan só conseguirá fazer previsões sólidas sobre a distribuição da Coronavac a partir de dezembro.
Ao Metrópoles, Dimas Covas afirmou que essa é a data estimada para que os insumos do imunizante estejam em produção no Brasil na nova fábrica do instituto, que está em construção e deve ficar pronta em setembro. Até lá, o instituto, ligado ao governo de São Paulo, dependerá do envio de IFA.
Por fim, Rodrigo Cruz pediu tranquilidade: “Estamos vencendo todas as etapas dentro do cronograma”.