Satélite mapeia áreas que não poderão mais ser habitadas, diz Leite
Fala do governador do Rio Grande do Sul foi feita durante entrevista ao programa Roda Viva nesta segunda-feira (20/5)
atualizado
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (20/5) que um satélite e um software inteligente contratados pelo Estado vão fornecer dados para a análise de áreas que não poderão mais ser habitadas.
Leite afirmou que uma equipe do governo já faz a avaliação destas informações. “(Para) podermos identificar as localidades onde nós vamos ter uma especial atenção para projetos especiais estruturantes, que podem envolver, inclusive, nova urbanização em outro local”, disse o governador.
O assunto é considerado “complexo”, pois envolve a necessidade de indenizações e a realização de projetos para que os espaços desocupados não sejam mais utilizados para moradias.
“São projetos mais complexos que a gente vai ter que dimensionar adequadamente para as localidades específicas”, frisou o governador, ao ponderar que antes devem ser esgotadas outras possíveis soluções de projetos de engenharia.
Ao longo da entrevista, Eduardo Leite utilizou várias vezes o termo “aprendizado” para se referir às lições que estão sendo tiradas da tragédia do Rio Grande do Sul.
Outras agendas
Leite também foi questionado pela resposta que deu durante uma entrevista recentemente. Na oportunidade, o governador disse ter ciência dos problemas que poderiam vir a acontecer, como de fato se confirmaram, mas ressalvou que o governo Rio Grande do Sul vivia “outras agendas”.
Questionado sobre as “outras agendas”, Leite explicou que o estado enfrentou uma situação financeira complicada, inclusive com atrasos de salários, e que tomou providências que ajudaram na resposta à tragédia, tais como a compra de equipamentos para o Corpo de Bombeiros.
“As tantas pautas que este governo teve de se debruçar deram a condição melhor de resposta, e, inclusive, para dentre tantas outras ações, olhando com muita atenção esse documento do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS), tomar uma série de providências”, resumiu.