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Sara Winter: “Vida no presídio não é fácil para apoiadores de Bolsonaro”

“Foi como se decretassem meu homicídio assistido ou talvez um suicídio”, disse a ativista de extrema-direita, que ficou presa na Colmeia

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Bolsonarista Sara Winter
1 de 1 Bolsonarista Sara Winter - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

“Vocês já imaginaram o que é ser apoiadora do Bolsonaro e ser jogada em um presídio? Foi como se decretassem meu homicídio assistido ou talvez um suicídio. Não é fácil ser presa e ser a favor do Bolsonaro”. As declarações são da ativista bolsonarista de extrema-direita Sara Winter, que, nesta sexta-feira (26/06), concedeu entrevista à imprensa em sua residência, na Vila Planalto, em Brasília.

Após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Sara foi levada para o Presídio Feminino do Distrito Federal, conhecido como Colméia – o mesmo lugar onde a avó de Michelle Bolsonaro ficou presa por tráfico de drogas.

Na entrevista, ela contou como foram os dias em que esteve presa e como está depois que foi solta. “Neste momento, eu apresento todos os sintomas de estresse pós-traumático. Hoje vai ter a primeira consulta com psicólogo para dar início a um tratamento forte e intensivo”, disse.

Antes da coletiva, ela escreveu “presa política” com caneta em um pedaço de papel e colocou na tornozeleira. Os advogados pediram para que não fossem feitas perguntas ofensivas e Sara insistiu que as recomendações fossem seguidas à risca.

Piada de mau gosto

Sara descreveu a Colmeia como um lugar precário, cheio de mofo, sujeira e urina. “Não vi minha família, só meus advogados. Eu estava em um lugar onde já passaram criminosos de verdade. Quando falaram que eu iria para a Colmeia, eu achei que era uma piada de mau gosto”, reclamou.

“Hoje eu sei a pior coisa que podem fazer com um apoiador do Bolsonaro é jogar em um presídio. Eu tive que ouvir que iam jogar a cabeça do meu filho fora”, ressaltou.

Sara Winter garantiu que o grupo de extrema-direita que lidera, o 300 do Brasil, não morreu com sua prisão. “Nunca esteve tão forte”, assegurou.

“Temos carta pela recuperação da soberania nacional, respeito da tripartição dos poder, criminalização do comunismo. Tem milhões de pessoas que concordam. O 300 é uma chama que brilha no coração de cada um que apoia”, enaltece.

Na conversa com a imprensa, onde dispensou máscara de proteção facial, Sara revelou que o 300 do Brasil é financiado por uma crowdfunding (vaquinha virtual), mas alegou sofrer de “esquecimento psicológico”: “Eu acredito que nossa vaquinha tenha chegado a R$ 67 mil. Pode ser que tenha mais, não lembro. Nunca recebi um real de partidos políticos, empresas ou instituições”.

Preso porque dá furos

Sara também comentou a prisão, nesta sexta, do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio. Emocionada, ela disse que ele foi preso “porque dá furos”. “Melhor jornalista investigativo e todos os dias dá furo para estragar planos sombrios que autoridades têm para dar golpes no presidente. O crime feito por ele foi ser um jornalista que não mente não é pautado pela esquerda custe o que custar”, destacou.

Casamento com tornozeleira

A extremista ainda anunciou que vai se casar neste domingo (28/06) com um colega ativista que namora há 20 dias. Ela explicou que, apesar do pouco tempo, eles já se conheciam antes do relacionamento.

Devido à tornozeleira, o evento vai ser na casa dela, desrespeitando regras de isolamento social e de não fazer aglomerações spor conta da pandemia do coronavírus. “Não sei se vai caber todo mundo e vocês”, brincou.

Medidas de prevenção

Sara foi presa no dia 15 de maio, com extensão do prazo para 10 dias da restrição de liberdade. Na prisão, ela ficou isolada das outras detentas por causa das medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Ela tinha direito a banho de sol ao fim do dia, hora em que praticava atividades físicas sozinha, segundo conta.

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Sara Winter usa livros do ministro do STF Alexandre de Moraes como calço para o sofá
Ativista de extrema-direita Sara Winter dá entrevista após sair da prisão
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Sara Winter, líder do 300 do Brasil, foi presa pela PF

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Sara Winter e o grupo 300 do Brasil na frente da Polícia Federal

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Sara Winter em frente à manifestação de apoiadores do presidente Bolsonaro no estacionamento do TSE, durante julgamento de ações que pedem cassação da chapa Bolsonaro e Mourão

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Apoiadora ferrenha do governo Bolsonaro, ela defende bandeiras como o armamentismo

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Sara Winter é o "nome de guerra" da extremista de direita. Ela se chama Sara Fernanda Giromini

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Extremista Sara Winter, líder do 300 do Brasil, mostra inquérito sigiloso

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Líder do movimento 300 do Brasil é alvo de inquérito no STF contra fake news

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A coordenadora do grupo é uma das investigadas no inquérito do STF sobre fake news

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Extremista Sara Winter coordena o 300 do Brasil

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A extremista foi presa no âmbito da Operação Lumus, que investiga atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF), protocolada pela própria Corte. Ela foi liberada no último dia 24 e está usando tornozeleira eletrônica.

Além dela, três membros do 300 do Brasil foram retidos. Eles também foram liberados na quarta-feira (24/06) e seguem em casa. Por determinação da Justiça, os integrantes não podem se aproximar uns dos outros.

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