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“São pessoas com instrução”, diz delegado sobre rede de pedofilia

De acordo com os delegados que coordenaram a operação, entre os presos estão pessoas de todos os níveis sociais, com idade entre 20 e 70 anos

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Advogado, empresários, professores, estudantes e até um agente penitenciário e um policial militar estão entre os homens presos nesta sexta-feira, 2, na segunda fase da operação Peter Pan, de combate à pedofilia, em várias regiões do interior de São Paulo. De acordo com os delegados que coordenaram a operação, entre os presos estão pessoas de todos os níveis sociais, com idade entre 20 e 70 anos. Um técnico em refrigeração, um entregador de pizzas e um pedreiro também aparecem entre os detidos. “São pessoas com instrução, bem posicionadas social e economicamente, inclusive alguns educadores”, disse o delegado Marcos Buarraj Mourão, do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter 4), com sede em Bauru.

O policial militar foi detido em sua casa, em Birigui. Em Bálsamo, foi preso um professor da rede estadual de ensino, e em Cosmorama, um professor aposentado sexagenário. Os envolvidos têm em comum o fácil acesso à internet por meio de computadores pessoais e aplicativos de celulares. “Durante as buscas demos flagrante em pessoas que acessavam material explícito com conteúdo repugnante, muitos em processo de compartilhamento do material”, afirmou o delegado.

A operação envolveu quatro departamentos da Polícia Civil nas regiões de São José do Rio Preto, Bauru, Araçatuba e Presidente Prudente. De acordo com o delegado José Carlos de Oliveira Junior, de Presidente Prudente, as pessoas usavam os recursos da internet para acessar sites de pornografia infantil sediados principalmente em países da Ásia e da Europa. Em computadores pessoais dos detidos foi encontrado farto material de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo ele, muitas pessoas acham que ficam a salvo da lei baixando as imagens dentro de casa, mas a polícia tem tecnologia para rastrear e identificar os acessos. “É uma prática criminosa e repulsiva”, comentou. As pessoas que tinham material armazenado foram presas em flagrante. As que apenas haviam acessado o material foram ouvidas e liberadas, mas continuam sob investigação. Segundo o delegado, mais de dois mil arquivos de computadores foram apreendidos.

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