SP não diminuirá intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19
O governo afirmou neste domingo (11/7) que a prioridade é vacinar, agora, a maior quantidade de pessoas com a primeira dose do imunizante
atualizado
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São Paulo – O governo de São Paulo decidiu não antecipar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, que tem, atualmente, um intervalo de 12 semanas, para conter o avanço da variante Delta. O anúncio foi feito neste domingo (11/7).
A coordenadora geral do Plano Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, afirma que os especialistas chegaram a essa definição após algumas reuniões. Alguns estados do Brasil e o Distrito Federal optaram por adiantar a segunda dose.
“Chegamos a essa estratégia de não antecipar a vacina da AstraZeneca, porque os estudos demonstram que quanto mais tempo você tem, melhor a imunidade. Nesse momento, a nossa estratégia é vacinar com a primeira dose o maior quantitativo de pessoas”, disse Regiane, referindo-se a adolescentes com comorbidade e maiores de 18 anos.
No Brasil, as vacinas da AstraZeneca e Pfizer são aplicadas com intervalo de 90 dias. Essa mesma estratégia é adotada em países da Europa e o Canadá, salientou o presidente do Departamento de Imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Marco Aurélio Sáfadi.
Segundo ele, o encurtamento de intervalo impede que a vacina chegue a outros públicos. Com a espera de 90 dias em São Paulo, mais pessoas têm acesso à primeira dose, aponta o especialista.
“Você constrói uma melhor resposta imune, otimiza a proteção após a segunda dose e provavelmente deixa essa resposta mais longeva, mais duradoura, porque ela leva a títulos mais altos de anticorpos”, esclarece.
Novo calendário
Nesta tarde, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a quarta antecipação do calendário de vacinação contra a Covid-19. Ele garante que toda a população adulta receberá ao menos a primeira dose até 20 de agosto.
Adolescentes de 12 a 17 anos também foram incluídos no PEI. O início da imunização está previsto para 23 de agosto e deve atingir 3,2 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde ainda não aprovou o uso da vacina em menores de 18 anos.