São Paulo chega a 50 mil mortes por Covid-19. Se fosse um país, seria o 11º em número de óbitos
O estado tem mais mortes que países como Alemanha e Argentina. Média de letalidade da doença é superior à nacional e à mundial
atualizado
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O estado de São Paulo chegou nessa terça-feira (19/1) a 50 mil mortes por Covid-19. Nas últimas 24 horas, o governo calculou 331 óbitos, totalizando 50.318. Além das vidas perdidas, São Paulo já registrou mais de 1.644.225 casos confirmados da doença até o momento. A taxa de letalidade é de 3,1%, acima da nacional e mundial, que são de 2,5% e 2,1%, respectivamente (veja infográfico abaixo).
Se o estado paulista fosse um país, estaria na 11ª posição em total de mortes, à frente, por exemplo, da Alemanha (com 48.433) e da Argentina (45.832).
Para se ter uma ideia, 79% dos municípios de São Paulo têm população com até 50 mil habitantes, ou seja, é como se uma de 511 cidades pudessem ter desaparecido do mapa após a pandemia de coronavírus. A capital paulista é responsável pela maior parte das mortes, com 16.667, isto é, praticamente uma em cada três vítimas é registrada em São Paulo.
O primeiro caso confirmado de coronavírus no estado foi em 26 de fevereiro de 2020. O primeiro óbito, por sua vez, aconteceu em 17 de março do mesmo ano, há 10 meses.
O estado ultrapassou 50 mil mortes na semana em que iniciou a vacinação contra Covid-19. O governador João Doria (PSDB) confirmou na quarta-feira (13/1) que a Coronavac, vacina desenvolvida em conjunto pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, tem 50,38% de eficácia geral, acima do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Números em alta
Enquanto a imunização começa, a doença segue em alta no estado de São Paulo. A média móvel de mortes na segunda semana de janeiro deste ano ultrapassou 200 pela primeira vez desde setembro. Consequentemente, o governo endureceu a quarentena em oito regiões consideradas críticas.
O secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, ressaltou que todos os indicadores da pandemia tiveram aumento significativo na semana passada. Os casos cresceram em 5%, os óbitos, 2%, e as internações, 10%.