São Paulo avalia medidas isoladas, se estado sair da fase emergencial
Covas descarta lockdown, diz que isolamento foi para 81% no feriadão e espera reflexo nos índices em 15 dias
atualizado
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São Paulo – A Prefeitura de São Paulo aguarda o informe do estado sobre o destino da fase emergencial para decidir se adota medidas isoladas. Há expectativa de que na sexta-feira (9/4) o estado anuncie se a fase prevista para encerrar em 11 de abril será prolongada ou não.
“O município aguarda a decisão do governo do estado para ver se o caso tomar medidas isoladas aqui na cidade de São Paulo”, disse o prefeito Bruno Covas (PSDB), em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (8/9).
Na quarta-feira (7/4), o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, o médico Paulo Menezes, afirmou que é provável que o estado continue com o nível de restrição atual por mais um tempo.
A confirmação, porém, depende do comportamento dos dados, especialmente de intenção que tem apresentado uma leve queda, e do aval do governador João Doria (PSDB).
Caso o município adote uma medida isolada, não será a primeira vez. Três dias após o início da fase emergencial, o prefeito Bruno Covas anunciou, sem acertar com o governo do estado, a antecipação de feriados na capital.
Nesta quinta, a prefeitura afirmou que foram positivos os resultados dos 10 dias de megaferiado, que terminou no domingo (4/4). A taxa de isolamento, calculada pela quantidade de carros na rua, circulação no transporte público, lentidão no trânsito e notas fiscais de serviços, indicou alta.
O índice, apresentado pela prefeitura, foi de 66% na fase emergencial para 81% no feriado. Nas últimas semanas de fevereiro e no início de março, a taxa girava em torno de 40%.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, quando o governo soma as medidas restritivas, o isolamento sobe. “Mas quando agrega a antecipação de feriado, temos um índice de isolamento absolutamente satisfatório”, pontua.
Segundo ele, o indicador se compara ao registrado no fim de março e início de abril do ano passado. Na avaliação de Aparecido, esses resultados devem refletir em queda de casos e internações nos próximos 15 dias.
Lockdown
Ainda assim, tanto Aparecido quanto Covas ressaltam que o município está em seu pior momento da pandemia e apelam para colaboração da população.
“É importante que o esforço seja coletivo, que as pessoas entendam que a situação é grave”, enfatiza Aparecido.
Questionado sobre a possibilidade de adotar o lockdown, Covas voltou a descartar a medida. Ele argumenta que o município não tem condições de fiscalizar nem de implementar o fechamento das vias sem alinhamento com outras prefeituras.
“O município não tem como implementar o lockdown, isso não significa alinhamento com o político A, B ou C”, pontuou.