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Presidente da OAB vai ao STF por fala de Bolsonaro sobre morte do pai

Felipe Santa Cruz já comunicou ao advogado Cesar Brito para elaborar a ação de modo “que o presidente diga o que sabe”

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, participa da cerimônia de posse do novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz
1 de 1 O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, participa da cerimônia de posse do novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, decidiu interpelar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito das declarações sobre a morte de seu pai, Fenando Santa Cruz.

Santa Cruz já comunicou ao advogado Cesar Brito para preparar a ação “para que o presidente diga o que sabe”. Além disso, ele pretende contar com a assinatura de todos os ex-presidentes da Ordem na ação.

Bolsonaro provocou o presidente da OAB por duas vezes nesta segunda-feira (29/07/2019) ao dizer que ele estaria “equivocado”sobre a morte do pai. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, ironizou o presidente da República, pela manhã, no palácio da Alvorada. 

À tarde, enquanto cortava o cabelo ao vivo, o chefe do Executivo federal sustentou que foi o próprio grupo de militantes antiditadura militar do qual Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira fazia parte em Recife, a Ação Popular Marxista-Leninista, que teria executado o pai do hoje presidente nacional da OAB.

Santa Cruz disse que Jair Bolsonaro demonstrou “crueldade e falta de empatia” ao declarar que poderia explicar o desaparecimento de seu pai. Em nota, ele considera que, “goste ou não o presidente”, o que une sua geração com a de seu pai é “o compromisso inarredável com a democracia”, e “por ela estamos prontos aos maiores sacrifícios”.

Fernando Santa Cruz desapareceu em 23 de fevereiro de 1974 depois de ter sido preso por agentes do DOI-Codi no Rio de Janeiro. Estudante de direito, ele era funcionário do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo.

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