Saiba quem era o lutador de MMA que morreu ao subir morro no Rio
O lutador de MMA Diego Braga Alves subiu o Morro do Banco na tentativa de recuperar a moto furtada em outra comunidade do Rio de Janeiro
atualizado
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O corpo do lutador de MMA Diego Braga Nunes, de 44 anos, foi encontrado na noite dessa segunda-feira (15/1), no Morro do Banco, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio. O atleta desapareceu após subir na comunidade na tentativa de recuperar sua moto que tinha sido roubada.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios, que aponta como principal suspeita que Diego tenha sido confundido com um miliciano. O corpo dele foi encontrado por policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que fizeram buscas no Morro do Banco.
História do lutador
Diego Braga foi profissional de muay thai e MMA. A carreira profissional nas artes marciais começou em 2003 e a partir de então enfrentou nomes como Charles do Bronx, Miltinho Vieira, Adriano Martins e Iliarde Santos. Todos com passagens pelo UFC, considerada a categoria mais importante do esporte.
Companheiro de treino dos irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, Diego também chegou a se preparar com Anderson Silva. A última luta profissional dele foi em 2019. Ele se aposentou com 23 vitórias, oito derrotas e um empate.
Desde então, o atleta vinha se dedicando à carreira de professor de artes marciais e treinador. Em 2023, seu filho Gabriel Braga chegou à final do torneio peso-pena da PFL – organização de artes marciais dos Estados Unidos.
Diego Braga era dono da academia Tropa Thai. As aulas desta segunda-feira foram canceladas.
A moto de Diego Braga foi furtada por dois homens, na madrugada de segunda, na Muzema. Ao ter acesso às imagens de uma câmera de segurança, ele iniciou a procura pelo veículo.
Primeiro, ele foi à comunidade da Tijuquinha e depois ao Morro do Banco, onde teria sido feito refém por traficantes. Desde então, parentes e amigos procuravam por ele.
Segundo Gabriel Braga, filho de Diego, o pai passou a manhã inteira tentando achar a moto, que foi levada de dentro do condomínio, e subiu sozinho a comunidade controlada pelo tráfico de drogas.
A comunidade da Muzema, no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, era dominada por milicianos até 2023. No último mês de novembro, traficantes do Comando Vermelho invadiram a comunidade e passaram a dominar o local. O Morro do Banco, comunidade vizinha, também está sob o domínio do tráfico.
Segundo investigadores da Polícia Civil do estado, o traficante Pedro Paulo Guedes, um dos principais criminosos do CV, um dos chefes do Complexo da Penha e atualmente procurado pela polícia, é quem tem dado as cartas na Muzema.
Traficantes já estariam instalando barricadas em vias da favela e até vendendo drogas. A localidade faz divisa com Rio das Pedras, o berço da milícia.