metropoles.com

Saiba quem era o homem que morreu sem atendimento em UPA no Rio

José Augusto morreu enquanto aguardava atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Imagem cedida ao Metrópoles
José Augusto Mota da Silva
1 de 1 José Augusto Mota da Silva - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, morreu enquanto aguardava atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, na última sexta-feira (13/12). Natural de Mogi Guaçu, interior de São Paulo, ele vivia no Rio de Janeiro desde 2012.

José Augusto era artesão e vendia brincos, colares e pulseiras feitos por ele na praia durante o dia. À noite, trabalhava como garçom em um restaurante na Barra da Tijuca, mas foi mandado embora e, dias antes, trabalhava em uma casa de construção, onde também foi demitido, de acordo com sua sobrinha, Emily Larissa, de 19 anos, ao Metrópoles.

3 imagens
José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, morreu enquanto aguardava na UPA
José Augusto Mota da Silva, de 32 anos
1 de 3

José Augusto Mota da Silva

Imagem cedida ao Metrópoles
2 de 3

José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, morreu enquanto aguardava na UPA

Imagem cedida ao Metrópoles
3 de 3

José Augusto Mota da Silva, de 32 anos

Imagem cedida ao Metrópoles

“Por conta dele ficar passando mal com muitas dores no estômago, ficava vomitando, não ficaram com ele e mandaram embora. Ele estava trabalhando como auxiliar de serviços gerais”, contou a sobrinha.

José Augusto não tinha filhos e vivia sozinho no Rio de Janeiro.

Pacientes se indignam

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o corpo de José Augusto sendo retirado da UPA após a morte, com pessoas ao redor indignadas com a situação: “Agora ele é paciente, né?”.

Veja:

 

Nas imagens, é possível ver o homem já morto, sentado, e, em seguida, a mulher que grava pergunta sobre a família dele. O vídeo mostra o corpo dele sendo colocado em uma maca, com os funcionários da UPA se aproximando para ver a situação.

“Agora é paciente, né? Agora vocês estão com pressa. O homem chegou aqui gritando de dor”, diz uma mulher que estava no local aos funcionários.

O velório

Em entrevista cedida ao Metrópoles, a sobrinha da vítima, Emily Larissa, de 19 anos, conta que o velório foi repleto de emoções e que o próximo passo é a busca pela justiça, para que outras famílias não passem pelo que o tio passou.

Ela explica que soube do falecimento do tio através do amigo que o acompanhou ao hospital. “O amigo dele ligou para minha mãe e contou o que havia acontecido. Ele tinha ido apenas buscar a filha em casa e voltar para continuar com o meu tio, mas quando chegou em casa já recebeu o vídeo dele morto.”

A jovem está, junto com a mãe, à frente de todas as burocracias e explica que até o momento não conseguiu prestar boletim de ocorrência.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?