Saiba quem é o preso que mostrou rotina na cadeia em vídeos no TikTok
Após publicar mais de 20 vídeos em perfil no TikTok, detento foi transferido para prisão de segurança máxima em Bangu, na zona oeste do Rio
atualizado
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Rio de Janeiro – Condenado a 14 anos de prisão por homicídio, Uélinton Adolfo da Silva, de 38 anos, ingressou no sistema penitenciário estadual do Rio de Janeiro em 10 de junho de 2021.
Dentro do presídio Dalton Crespo, em Campos do Goytacazes, no interior do estado, ele decidiu recorrer ao TikTok para superar as restrições de comunicação impostas pelo confinamento do xilindró.
Conseguiu um celular – obviamente, um item proibido dentro da prisão – e a partir daí, criou seu perfil na rede social. Fez a primeira publicação em 29 de setembro.
Desde então, postou 20 vídeos no TikTok, boa parte com imagens de sua rotina na cadeia.
Mostrou seu café da manhã, com direito a misto quente. Revelou seu fogão improvisado em um balde. No registro do jantar, descreveu o cardápio com feijão, arroz, macarrão e frango. E, perto do prato, deixou um cigarro artesanal – semelhante aos consumidos por usuários de maconha.
Uélinton está em sua terceira passagem pelo sistema prisional fluminense. Ele chegou a ser preso anteriormente, em 2008 e 2013. E, de acordo com os registros, ele fugiu da prisão em 2016.
O perfil do presidiário no TikTok já atraiu mais de 13 mil seguidores. Sua última postagem ocorreu em 1º de novembro – data em que os agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) fizeram uma inspeção na unidade prisional (após a repercussão nas redes sociais) e apreenderam 17 celulares e 13 chips.
No histórico de publicações e comentários, é possível constatar as interações do influencer presidiário com seus seguidores. Ao ser questionado se houve alteração nas visitas recebidas na cadeia durante a pandemia, ele assegurou: “está normal”.
Só que o TikTok acabou sendo motivo para uma mudança na rotina do detento. Na última terça-feira (2/11), ele foi transferido do Dalton Crespo para o presídio de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecido como Bangu 1, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.
Uélinton ficará isolado na prisão, enquanto a corregedoria da Seap vai apurar como ele teve acesso ao celular.