Saiba quem é o militar que desmaiou durante operação da PF
O militar Guilherme Marques de Almeida comanda o 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército
atualizado
Compartilhar notícia
Como mostrou a coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, um dos militares alvo da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (8/2) desmaiou enquanto os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão contra ele.
Trata-se de Guilherme Marques de Almeida, que é comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, com sede em Goiânia. Ele está na função desde janeiro deste ano, como mostra o perfil dele nas redes sociais.
Entre 2022 e 2023, o militar ocupou função de oficial de Estado-Maior no Comando de Operações Terrestres do Exército. Anteriormente, desde 2020, era instrutor na Escola de Operações Psicológicas do Exército Peruano.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o cumprimento de mando de busca e apreensão contra Guilherme Marques. Além disso, determinou medidas cautelares como proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentar do país e suspensão do exercício de função pública.
Conforme a decisão de Moraes, Guilherme é investigado por suspeita de integrar o núcleo de desinformação e ataques ao Sistema Eleitoral. O grupo teria difunido notícias e estudos falsos que denunciavam uma suposta falta de lisura durante o pleito de 2022.
O intuito desse núcleo seria estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e de instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para a execução de um golpe de Estado.
A operação
Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.
Policiais federais estiveram em endereços nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Entre os alvos estão o ex-presidente Jair Bolsonaro; o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; e os ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto.
Segundo apurações da PF, o grupo investigado teria se dividido em dois núcleos:
- O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022;
- O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado.