Saiba quem é o mais rico entre os candidatos a prefeito nas capitais
Ex-deputado federal vai concorrer à prefeitura de Goiânia (GO). Ele declarou um patrimônio de mais de R$ 313,4 milhões
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-deputado federal Sandro Mabel (União), que vai concorrer à prefeitura de Goiânia (GO) nas eleições deste ano, é o líder do ranking dos candidatos mais ricos, até o momento, nas capitais do Brasil.
O período de registro de candidaturas encerra-se nesta quinta-feira (15/8), mas até então ele segue isolado no topo, com um patrimônio informado de mais de R$ 313,4 milhões.
Até essa segunda-feira (12/8), o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já contabilizava 116 registros de candidaturas a prefeito em 26 capitais do Brasil. O segundo colocado é o candidato por São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), com um patrimônio de R$ 193,5 milhões.
Empresário, ex-deputado e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Mabel conta com o apoio do governador Ronaldo Caiado (União) para disputar as eleições em Goiânia.
Entre os bens informados por ele, constam: nove apartamentos, 22 lotes, 18 glebas, entre pequenas chácaras e fazendas, quatro participações societárias, cinco quotas empresariais, duas casas, incluindo uma de mais de R$ 11,7 milhões, e R$ 8,5 milhões em uma conta no exterior.
O segundo colocado, Pablo Marçal, informou 11 aplicações financeiras, com destaque para uma de mais de R$ 49 milhões no Banco Itaú, nove participações societárias, quotas empresariais, como os 80% da Aviation Participações Ltda., avaliados em R$ 80 milhões, uma chácara e uma fazenda.
Veja os 10 primeiros colocados, até então:
1: Sandro Mabel (União Brasil), em Goiânia: R$ R$ 313.405.916,29
2: Pablo Marçal (PRTB), em São Paulo: R$ 193.503.058,17
3: Eduardo Girão (Novo), em Fortaleza: R$ 48.177.784,31
4: Fuad Noman (PSD), em Belo Horizonte: R$ R$ 15.929.716,49
5: Marina Helena (Novo), em São Paulo: R$ 9.705.860,81
6: Marcelo Queiroz (PP), no Rio de Janeiro: R$ 7.630.490,17
7: Janad Valcari (PL), em Palmas: R$ 5.647.651,00
8: Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo: R$ 4.843.350,91
9: Roberto Cidades (União Brasil), em Manaus: R$ 4.338.285,27
10: Eduardo Botelho (União Brasil), em Cuiabá: R$ 3.365.264,50
Possíveis mudanças no ranking
Algumas posições desse ranking devem mudar nos próximos dias, caso sejam confirmados os registros de candidatura do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que também concorrerá por Goiânia, e do apresentador José Luiz Datena (PSDB), que deve disputar em São Paulo.
Nas eleições de 2020, quando também se candidatou na capital goiana, Vanderlan declarou um patrimônio de R$ 14,6 milhões. Ele, assim como Mabel, também possui histórico empresarial.
Presidência da Mabel
Sandro Mabel tem hoje 65 anos. Aos 23, ele assumiu a presidência da Mabel, que se transformou numa das maiores fábricas de biscoito da América Latina. Em 2012, a família decidiu vender a fábrica para a Pespsico, em um negócio que girou em torno de R$ 800 milhões.
Desde então, o ex-deputado começou a diversificar os investimentos, inclusive fora do Brasil, e atuar como representante do setor industrial em Goiás. Mabel está à frente da Fieg desde janeiro de 2019.
“Comecei a trabalhar muito cedo, aos 13 anos de idade, na pequena fábrica do meu pai e do meu tio no interior de São Paulo. Então, desde pequeno, gosto de gestão e de lidar com os negócios da família. Vendemos a Mabel para o Grupo Pepsico, em 2012, mas nunca deixei de empreender, sempre investindo nos outros negócios que já tínhamos – indústrias, setor imobiliário e agronegócio – e também em novos empreendimentos e projetos. Portanto, o nosso patrimônio é fruto de décadas de muito trabalho, dedicação e empreendedorismo”, declarou Mabel ao Metrópoles.
Dez candidatos sem bens a declarar
Entre os 116 candidatos a prefeito nas capitais com registro já protocolado no sistema do TSE, 10 disseram não possuir bens a declarar. Um deles é a deputada federal Duda Salabert (PDT), que concorrerá em Belo Horizonte (MG).
Eleita em 2022 para ocupar um cargo na Câmara, esta será a quarta candidatura de Duda. Ela já concorreu ao senado por Minas Gerais, já foi vereadora de Belo Horizonte, eleita deputada na última eleição e, agora, disputará a prefeitura.
Procurada pela reportagem, a assessoria da parlamentar informou que os dados estão corretos e que ela, realmente, não tem nada a declarar, pois não possui carro, casa, nada. “Só dívida”, expressou.
Além da deputada, candidatos de Rio de Janeiro, Manaus, Recife, Salvador, Maceió, Natal e Aracaju também informaram não haver bens a declarar.