Saiba quem é o argentino que contrabandeou 43 mil armas para PCC e CV
Investigação do MPF aponta que argentino Diego Hernan usava uma empresa no Paraguai para comprar armas e vender para grupos criminosos
atualizado
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O argentino Diego Hernan Dirísio é apontado como o maior contrabandista de armas da América do Sul, segundo a Polícia Federal (PF). Ele é alvo de uma operação deflagrada nesta terça-feira (5/12) em parceria com autoridades do Paraguai. A movimentação proveniente da entrega das armas teria sido em torno de R$ 1,2 bilhão, durante três anos.
Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) da Bahia mira um esquema de contrabando de 43 mil armas para as principais facções brasileiras: a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e a carioca Comando Vermelho (CV).
Segundo as investigações, Dirísio é dono de uma empresa com sede no Paraguai que compra armas do leste europeu e consegue repassar esse armamento para criminosos através de um esquema que envolve empresas de fachada.
A Justiça Federal na Bahia determinou 31 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão. Os alvos estão em cidades dos Estados Unidos, Paraguai e Brasil.
Armas e dinheiro
A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do empresário no Paraguai, mas não conseguiu localizá-lo até o começo da manhã desta terça. Armas e dinheiro vivo foram apreendidos.
O início dessa investigação começou em março de 2020, quando uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um carregamento de armas, carregadores e crack em uma carreta na rodovia BR-116, em Vitória da Conquista (BA).
Na época, um casal estava carregando 34 armas tchecas e duas croatas em uma carreta da marca Iveco. Chamaram a atenção a quantidade de armas e a nacionalidade do produto. O caso passou a ser investigado pelo MPF.
O Metrópoles tenta contato com a defesa de Diego Hernan Dirísio . O espaço segue aberto.