Saiba quem é Johny Bravo, traficante que receberia fuzis no Rio
A Polícia Federal apreendeu 47 fuzis em uma mansão da Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (10/10)
atualizado
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A Polícia Federal (PF) apreendeu 47 fuzis em uma mansão da Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (10/10). A suspeita da corporação é de que o armamento seria entregue a John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo, chefe do tráfico na Favela da Rocinha.
O traficante ganhou o apelido de Johny Bravo por ser considerado muito vaidoso pelos seus comparsas. O personagem de desenho animado tem um físico avantajado, usa roupas apertadas e está sempre em busca de uma namorada bonita.
Johny Bravo assumiu o controle da Rocinha em 2017, quando o traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, foi preso.
O chefe da Rocinha completou 35 anos no dia 25 de agosto, com uma festa que durou três noites e contou com queima de fogos de artifício, baile, distribuição de bebidas alcoólicas e postagens nas redes sociais.
Há quatro mandados de prisão expedidos no nome de John Wallace da Silva Viana pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), no entanto, ele continua foragido. A expectativa da polícia é de que ele arrecade cerca de R$ 10 milhões por mês, o dinheiro teria origem da exploração de negócios irregulares na comunidade da Rocinha, incluindo o tráfico de drogas.
Segundo o Portal Procurados, do Disque-Denúncia, em 2014, Johnny Bravo deixou o Brasil e desembarcou na Suíça após desavenças com o Comando Vermelho, mas retornou à facção. O destino no exterior foi escolhido pelo traficante por sua fluência em inglês.
Por quais crimes Johny Bravo responde?
Além do tráfico de drogas, Johny Bravo é suspeito de envolvimento na morte de Ana Cristina da Silva, assassinada aos 25 anos, enquanto estava a caminho do trabalho com o filho de 3 anos, em 26 de agosto de 2020. Ela foi atingida por balas perdidas, durante um confronto entre bandidos rivais no Morro de São Carlos.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o traficante teria ordenado que homens de seu bando invadissem São Carlos, dominado por uma facção rival. A tentativa terminou com a morte de Ana Cristina.