Saiba quem é Bruno Bianco, o novo advogado-geral da União
Bianco teve passagens no governo como secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho e secretário especial do Ministério da Economia
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) surpreendeu ao anunciar, nesta quinta-feira (5/8), o nome de Bruno Bianco como novo advogado-geral da União.
Antes ser escolhido para assumir o cargo de André Luiz Mendonça, o qual deve ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista teve passagens no governo como secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho e secretário especial do Ministério da Economia.
Durante esse período, Bruno Bianco ganhou o apelido de “Mickey Mouse da Previdência” por conta da voz fina, característica que nunca o impediu de sentar em cadeiras importantes ao longo da carreira.
Mestre em direito pela Universidade de Marília (UniMar), especialista em direito público e pós-graduado em direito processual civil, o ex-secretário também é procurador-geral federal, posto que faz parte da carreira da AGU.
Em Marília, foi procurador-chefe da Procuradoria Seccional da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, e procurador regional da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Ministério do Trabalho e Emprego
Na semana passada, Bianco foi nomeado como secretário-executivo do recém criado Ministério do Trabalho e Emprego. Ou seja, o número 2 da pasta comandada por Onyx Lorenzoni. Com a indicação para a AGU, ele deixou o cargo.
Nos poucos dias em que atuou como número 2 da pasta, defendeu a criação de novos regimes de trabalho, fora da CLT, mas com proteção trabalhista e previdenciária. O projeto focaria na inclusão dos informais, especialmente os jovens que buscam o primeiro emprego, e dos profissionais das novas tecnologias.
Empresários ouvidos pelo Metrópoles afirmam que estavam esperançosos com a atuação de Bianco no novo Ministério. Com a mudança, as incertezas sobre o avanço dessa proposta aumentam.
“Em nossa avaliação inicial, principalmente se mantida a equipe atual, essa reforma ministerial pode gerar uma tração em relação ao assunto e fazer sair um resultado com mais velocidade”, afirmou Lucas Pittioni, diretor jurídico do Ifood, antes da indicação de Bianco para a AGU.