Saiba quem é a filha “de esquerda” de Olavo de Carvalho
Heloísa de Carvalho teve embates públicos com o pai e foi processada por calúnia e difamação por ele
atualizado
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Heloísa de Carvalho foi a única dos oito filhos do escritor e conservador Olavo de Carvalho que não recebeu nenhuma porcentagem da herança do pai, que morreu em 2022, aos 74 anos. A primogênita se destacou por ter posicionamento político contrário ao de Olavo. Ela foi, inclusive, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Em 2017, Olavo de Carvalho prestou queixa contra Heloísa, acusando-a de integrar uma organização criminosa apoiada por partidos de esquerda para destruir a reputação dele. O caso foi arquivado. Desde então, a relação dos dois acabou marcada por ataques mútuos.
No mesmo ano, Heloísa publicou “Carta aberta a um pai”, no blog Prometheo Liberto. No texto, a bacharel em direito relembra a infância conturbada e acusa Olavo de Carvalho de, “em um surto de loucura”, ter apontado uma arma para a cabeça dos filhos. De acordo com Heloísa, o pai ainda soube que ela havia sido abusada sexualmente aos 9 anos, e “não fez absolutamente nada”.
Olavo chegou a processar a filha por calúnia e difamação depois da publicação da carta e, posteriormente, eles chegaram a um acordo judicial. Em 2020, entretanto, ela lançou o livro “Meu pai, o guru do presidente: a face ainda oculta de Olavo de Carvalho”, no qual acusa Olavo de Carvalho de abandono intelectual, por não tê-la enviado à escola.
À época do falecimento do pai, Heloísa de Carvalho informou que a morte foi em decorrência da Covid-19. “Que Deus perdoe ele de todas as maldades que cometeu”, escreveu ela ao compartilhar a nota de falecimento de Olavo de Carvalho.
Excluída do testamento
Firmado no estado da Virgínia (EUA), em 2018, o testamento de Olavo de Carvalho divide entre esposa, filhos e irmão suas casas nos Estados Unidos e valores de direitos autorais. Heloísa é a única dos oito filhos do conservador a ficar de fora do documento.
No ano passado, ela pediu a abertura do inventário e solicitou o direito de ser inventariante de seus bens e produções intelectuais à 3ª Vara da Família e Sucessões do TJ de São Paulo. De acordo com ela, o patrimônio seria usado para “descobrir se empresários financiavam a máquina de ódio e fake news” do pai.