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Saiba qual tipo de aranha picou o “gordo mais rápido do Brasil”

O fisioterapeuta Mozart Soares de Souza, 72 anos, luta há 13 anos para não perder o pé. Ele ainda sofre com efeitos tóxicos da picada

atualizado

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Montagem com fotos coloridas de Mozart trabanhando como fisioterapeuta, cobra marrom e o profissional atualmente - Metrópoles
1 de 1 Montagem com fotos coloridas de Mozart trabanhando como fisioterapeuta, cobra marrom e o profissional atualmente - Metrópoles - Foto: Reprodução

Conhecido como “o gordo mais rápido do Brasil”, o fisioterapeuta esportivo Mozart Soares de Souza, 72 anos, vive uma luta constante há 13 anos para não perder o pé.

Desde 2011, ele sofre com os efeitos tóxicos de uma picada de aranha. A situação aconteceu quando o homem dormia nas instalações do Centro de Treinamento de Prudentópolis (PR).

Na época, ele foi demitido e passou a viver com a irmã em São Paulo. A história de Mozart viralizou, após ele pedir doações para pagar tratamentos de saúde.

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Aranha-marrom é uma das espécies mais venenosas
Aranha-marrom é uma das mais perigosas
Aranha do gênero Loxosceles (aranha-marrom).
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"Gordo mais rápido do Brasil" vive de doações após ser picado por aranha-marrom

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Aranha-marrom é uma das espécies mais venenosas

Rogério Machado/Arquivo SMCS
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Aranha-marrom é uma das mais perigosas

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Aranha do gênero Loxosceles (aranha-marrom).

Reprodução Butantan

Picada tóxica

A picada que mudou para sempre a vida do fisioterapeuta foi de uma aranha-marrom.

Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, em 2022, estima que, a cada cinco anos no Brasil, ocorrem 160 mil acidentes com aranhas peçonhentas no país. Elas são o terceiro tipo de animal mais perigoso, atrás das cobras e dos escorpiões.

Um em cada quatro casos ocorre no Paraná, onde há maior frequência de espécies perigosas. Metade dos casos do país está na Região Sul. No total, em 2023, 39 brasileiros morreram após serem picados por aranhas.

No Brasil, existem três tipos de aranhas nativas capazes de causar acidentes graves ou mortes. Junto com a aranha-marrom (gênero Loxosceles), a aranha-armadeira (gênero Phoneutria) e a viúva-negra (gênero Latrodectus) são as mais perigosas.

Aranha-marrom

As aranhas-marrom são encontradas em todo o território mundial. São conhecidas 134 espécies de aranhas-marrons, sendo 18 delas observadas no Brasil.

Essas aranhas são relativamente pequenas, podendo medir cerca de 1 a 3 centímetros de comprimento. Um fato curioso é que, diferentemente das demais, elas têm apenas seis olhos — a maioria tem oito —, os quais estão dispostos em três pares.

Mesmo com o corpo pequeno, elas têm um veneno poderoso, conhecido, principalmente, pelos efeitos necróticos. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo.

O loxoscelismo pode se manifestar de duas formas: cutânea e cutânea-visceral. Essa última é uma forma grave de envenenamento, que pode até mesmo levar o indivíduo à morte. De maneira geral, o tratamento inclui a limpeza do local da picada, administração de analgésicos e uso de compressas frias. A depender da gravidade do caso, recomenda-se o uso de soro antiloxoscélico e até mesmo transfusão sanguínea.

O que fazer quando se é picado por uma aranha

A maioria das pessoas que passa por acidentes com aracnídeos sofre picadas nos pés ou nas mãos. O veneno do animal deteriora o tecido muscular e, muitas vezes, é necessário amputar a parte do corpo atingida. Nos casos mais graves, há risco de morte.

Os soros estão disponíveis em hospitais públicos ou privados e são administrados sem custo. Para uma aplicação mais eficiente, o Instituto Butantan, produtor dos soros, recomenda que a pessoa fotografe o animal ou o capture para identificar a espécie.

É importante buscar atendimento, mesmo se não houver dor no primeiro momento, já que a lesão pode piorar. Sugar o veneno, fazer torniquetes ou tentar tampar o local do acidente não são estratégias eficazes.

“O ideal é lavar o local com água e sabão e buscar o médico imediatamente”, ensina o cirurgião da mão Trajano Sardenberg. “A maior parte dos casos é leve, e alguns podem ser tratados com analgésicos e antialérgicos, mas é sempre preciso que essa avaliação seja feita pelo médico”, enfatiza.

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